Ação de improbidade contra Witzel não avança
Foto: Vanessa Ataliba/Zimel Press
Não são apenas as forças-tarefas da Lava-Jato que têm enfrentado problemas com a subprocuradora-geral da República Lindora Araújo. A auxiliar do procurador-geral da República, Augusto Aras, anda se bicando com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ). O motivo são as negativas de Lindora para compartilhar provas de processos com integrantes do MP-RJ.
Recentemente, o MP fluminense solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) o compartilhamento de provas em três casos. Todos foram negados após a manifestação de Lindora contra os pedidos. Um deles é referente aos desvios de saúde no Rio. Sem o material que faz parte das investigações da PGR, integrantes do MP afirmam que a possibilidade de o órgão apresentar uma ação de improbidade administrativa contra o governador Wilson Wiztel “está capengando”. Os investigadores precisam dos elementos colhidos pela Procuradoria para dar andamento a essa ação.
A percepção dentro do MP-RJ é que, por parte do órgão, o compartilhamento de provas é sempre acatado dentro da visão de que o Ministério Público é um só e que faz um trabalho comum no Brasil todo. Para promotores, essa perspectiva, porém, não parece ser a mesma por parte de Lindora e do Ministério Público Federal.