Brasil está em 51º lugar em ranking de empatia

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Foto: Wikimedia Commons

Os noticiários, diariamente, nos contam histórias contraditórias. Informam crises, mostram violências cotidianas, mas também exibem debates construtivos, diferentes mobilizações de solidariedade.

O período pandêmico tem evidenciado uma nação desalinhada. As condutas individuais destoam do esforço coletivo pela vida e de uma imagem cristalizada no pensamento de um povo “hospitaleiro como um traço definido do caráter brasileiro”, mencionada em 1936, pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda, em “Raízes do Brasil” — embora a “cordialidade” mencionada por Holanda seja relacionada a tudo que vem do coração, capaz de grandes afetos e de violência. O autor passou o resto da vida explicando o que é o “brasileiro cordial”.

Uma pesquisa, divulgada em 2016 pela Universidade Estadual de Michigan (EUA), prova algo de que já se desconfia. Num comparativo entre países, o Brasil está em 51º lugar, em um ranking de empatia. Foram avaliadas 63 nações.

Onde o povo brasileiro começou a apresentar essa dicotomia? Segundo o professor e historiador Deusdedith Rocha, a ideia de que há uma “natureza humana” foi reforçada no Iluminismo, com as ideias dos filósofos Thomas Hobbes e de Jean-Jacques Rousseau. O primeiro pensador dizia que o ser humano é mau por natureza, ao passo que o segundo sugeriu sermos bons genuinamente.

Redação com Uol