Conar adverte Bombril por propaganda racista
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O Conar advertiu a Bombril por causa da esponja de aço chamada Krespinha. O órgão recomendou ainda a sustação da propaganda do produto, que já foi retirado do mercado pela empresa depois de acusações de racismo nas redes sociais.
O processo foi aberto no Conar depois 1.863 queixas enviadas por consumidores, o recorde na história do conselho. A representação aberta questiona o nome do produto e o slogan – Krespinha é ideal para limpeza pesada – considerados racistas por associarem um produto de limpeza pesada com cabelo crespo.
Em sua defesa, a Bombril disse que retirou a Krespinha do seu portfólio “rapidamente” porque começou a receber queixas dos consumidores. A empresa informou que o produto deixou de ser produzido e foi retirado do comércio em 16 de junho. Para justificar o nome escolhido, explicou que era uma alusão à superfícies ásperas e não ao tipo de cabelo. A Bombril pediu o arquivamento do caso porque o produto está fora de linha e não vai voltar a ser comercializado.
A relatora do caso considerou que o produto não foi pensado com o devido senso de responsabilidade social, como determina o código do Conar. A decisão diz ainda que o produto não respeitou a dignidade da pessoa humana e não está em consonância com os objetivos da educação e da cultura do país.
Por fim, a relatora relembrou que nenhum anúncio deve estimular ofensa ou descriminação de qualquer natureza, determinando a advertência para a Bombril e a sustação do produto. O voto foi acompanhado por unanimidade por todos os conselheiros.