Enfermeira diz que criança abusada “aprendeu a sofrer calada”
Foto: Carlos Ezequiel Vannoni/Estadão Conteúdo
“Ela chegou muito séria, retraída, rosto de tristeza com tudo que estava passando. Ela pouco se expressava, ficava com o olhar perdido. Depois do procedimento, de ter se recuperado da sedação, (ela) se mostrou outra menina, com alívio, olhos alegres toda vez que recebia presentes”. A afirmação da enfermeira Paula Viana resume como foram os três dias da menina de 10 anos, que engravidou após ser estuprada e realizou um aborto autorizado pela Justiça, em sua permanência em um hospital no Recife.
Integrante da coordenação colegiada do grupo Curumim, Paula acompanhou de perto a garota nos três dias em que ela ficou na capital de Pernambuco. Neste período, houve pressão de grupos extremistas e religiosos contrários ao aborto, mas também uma rede de apoio em solidariedade à menina.
Redação com Uol