Jefferson e Olavo brigam em rede social

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Foto: Reprodução

Dois apoiadores de peso do presidente Jair Bolsonaro decidiram se engalfinhar nas redes sociais. Considerado o guru ideológico do bolsonarismo, o escritor Olavo de Carvalho passou o fim de semana publicando vídeos que diziam que o PTB, partido comandado por Roberto Jefferson, estava “enganando os bolsonaristas”.

Jefferson, que tem atraído seguidores do presidente à sua sigla e foi alvo do inquérito das fake news, não deixou barato e passou a atacar os olavistas, chamando-os de “direita canguru”. “Penso que os meninos estrangeiros, herois virtuais, geram grandes embaraços ao presidente, gerando essa especulação de gabinetes dos ódios. Tentando diminuir as relações políticas de Bolsonaro, que não pode governar, apenas com patrulhas cibernéticas”, escreveu ele, nesta segunda-feira, dia 10.

Olavo, por sua vez, respondeu: “Bob Jeff, não se faça de valentão só porque está no Brasil. Eu já estava combatendo inimigos assassinos, recebendo ameaças de morte em terras tupiniquins, no tempo em que você estava se enchendo de dinheiro do mensalão. Você não sabe de bosta nenhuma”.

O motivo da troca de farpas entre os dois começou com o fato de o PTB ter lançado a pré-candidatura à prefeitura de São Paulo do ex-presidente da OAB Marcos da Costa, que é próximo de outro cacique do PTB, o deputado estadual Campos Machado (SP), e é amigo do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Olavistas passaram a acusar Costa de ser o que chamam de “nova esquerda” – a direita que não é alinhada a Bolsonaro.

A briga baixou de nível quando foram lembradas publicações de maio nas quais Jefferson chama Olavo de “cão que ladra, mas não morde”, e “corno velho”. Olavo respondeu hoje: “Corno é o seu pai”.

A filha de Jefferson, a pré-candidata à prefeitura do Rio de Janeiro Cristiane Brasil, interveio hoje nas redes e comentou que a desunião da direita favorece a esquerda. “Hoje vejo meu pai atacando e sendo atacado pela direita”, disse ela.

Aproveitando a falta de perspectiva sobre a criação do partido Aliança pelo Brasil, Jefferson lançou uma ofensiva para tentar trazer Bolsonaro ao seu partido, onde ele já esteve filiado de 2003 a 2005 – na mesma época em que estourou o escândalo do mensalão, no qual Jefferson foi delator e condenado no processo. Neste ano, Bolsonaro chegou a ter reuniões com o dirigente da sigla, mas declarou que segue empenhado no projeto Aliança, apesar de ter alternativas em vista.

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