O ex-secretario de Saúde do Rio acusa desembargador
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O ex-secretario de Saúde do Rio de Janeiro, Edmar Santos, cita o desembargador do TRT, Marcos Pinto da Cruz, em um dos anexos da delação premiada firmada com o Ministério Público Federal.
Edmar contou aos procuradores que se reuniu quatro vezes com o magistrado em uma cafeteria do Shopping Bossa Nova Mall, localizado no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, entre agosto e novembro de 2019.
O documento não explica, no entanto, o que foi tratado durante os encontros.
Marcos Pinto da Cruz é um dos investigados na Operação Tris in Idem. Na manhã desta sexta-feira, 28, a Polícia Federal realizou busca e apreensão na casa do juiz.
Como VEJA informou com exclusividade, no mesmo anexo, o ex-secretário afirma que o empresário José Carlos de Melo indicou o advogado Manoel Messias Peixinho para defendê-lo no processo que apura irregularidades na contratação de empresas e compra de equipamentos para combate da pandemia de Covid-19.
Peixinho é o atual advogado do governador Wilson Witzel no processo de pedido de impeachment na Assembleia Legislativa (Alerj).
Edmar revela ainda que havia uma disputa de poderes dentro do governo de Wilson Witzel entre os grupo de Pastor Everaldo e do empresário Mário Peixoto e que a Organização Social Idab empregava funcionários indicados por deputados estaduais.
O Idab administra sete unidades de pronto-atendimento no estado do Rio e geriu os Hospitais Zilda Arns, em Volta Redonda, e Anchieta, no Rio, destinados a pacientes com Covid-19.