Oposição pressiona pela volta do Conselho de Ética
Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
O caso da deputada Flordelis (PSD-RJ), acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de mandar matar o marido, pastor Anderson do Carmo, renovou a pressão pela reabertura do Conselho de Ética na Câmara. A oposição espera poder usar o trágico episódio para retomar os trabalhos, paralisados desde que começou a pandemia. Como pano de fundo, há uma série de representações contra deputados bolsonaristas a serem analisadas pelo colegiado, em especial contra Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vem sendo cobrado há meses pela reabertura do conselho. Há um projeto pronto para ser votado em que institui a volta dos trabalhos de forma digital.
“Não quero antecipar juízo de valor no caso. Mas o que está demonstrado de apuração da polícia é um caso gravíssimo, que fere o decoro parlamentar, portanto é pauta do Conselho de Ética e do plenário”, disse Márcio Jerry (PCdoB-MA), membro do colegiado.
O líder do DEM, Efraim Filho (PB), afirmou: “O caso é extremamente simbólico, o caminho é haver uma representação, que acabará forçando a reabertura do Conselho de Ética”.
O afastamento de deputada, sob pedido judicial, será analisado no plenário da Casa. Mas eventual quebra de decoro e cassação de mandato devem passar pelo Conselho de Ética, após representação de um partido.