Pandemia descontrolada no DF

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Foto: VLADIMIR SMIRNOVTASS VIA GETTY IMAGES

A média móvel de mortes por Covid-19 no Distrito Federal chegou a 42,1, o maior valor já registrado desde o início da pandemia. Com isso, o indicador passa a ser 7,5% maior do que a média móvel de óbitos das duas últimas semanas. Isso indica que o número está em crescimento.

Devido ao tempo de incubação do Sars-CoV-2, adotou-se a recomendação dos especialistas: comparar a média móvel de hoje com a de duas semanas atrás. A variação, ainda que negativa, indica estabilidade. Para contabilizar queda, o valor precisa ser de 15% a menos.

O Distrito Federal registrou, nesta quinta-feira (20/08), 52 óbitos em decorrência do novo coronavírus. Com essas notificações, o número de mortes desde o início da pandemia sobe para 2.200 – sendo 2.007 de moradores do DF e 193 de pacientes que residiam em outras unidades da Federação, mas que estavam em tratamento em hospitais da capital.

Acompanhar o avanço da pandemia da Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou casos está longe do ideal. Isso porque eles podem ter variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos finais de semana, por exemplo, é comum perceber uma redução significativa dos números.

Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete. O nome “móvel” é porque varia conforme o total dos óbitos dos sete dias anteriores.

Metrópoles