Pastor preso no Rio é velho conhecido da Justiça
Foto: Ivo Gonzalez | Agência O Globo
O Pastor Everaldo, preso hoje na operação que afastou Wilson Witzel do cargo de governador do Rio de Janeiro, é um velho conhecido de esquemas fisiológicos no estado.
Presidente do PSC desde 2015, Everaldo foi chefe da Casa Civil de Antonhy Garotinho. Naquele tempo, a partir de 1999, formou uma parceria com o notório Eduardo Cunha.
Um dos feudos que Everaldo passou a dividir com Cunha era a deficitária — mas gigante — Cedae, a estatal de águas e esgotos do estado.
No governo Witzel, o guloso Everaldo retomou a Cedae como um presente do governador hoje afastado: pôde nomear à vontade e cuidar da estatal ao seu modo. A Cedae é deficitária e há anos está na fila para ser privatizada, mas os governadores sempre arranjam um jeito de empurrar com a barriga o processo.
Na delação da Odebrecht, Everaldo aparece como tendo recebido R$ 6 milhões da empreiteira para que, em 2016, quando foi candidato a presidente da República, jogar sua candidatura a favor de Aécio Neves.
Everaldo e Jair Bolsonaro também tiveram uma relação próxima. Entre 2016 e 2018, o pastor foi companheiro de partido de Bolsonaro, a quem chegou a batizar nas águas do rio Jordão.