Roger Abdelmassih volta a regime fechado

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Foto: Reprodução TV

O ex-médico Roger Abdelmassih teve a prisão domiciliar revogada e voltará a cumprir pena no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo. Ele deixou sua casa na tarde desta segunda-feira, segundo informações do G1.

A 3ª Vara de Execuções Criminais de São Paulo expediu o novo mandado de prisão nesta segunda-feira e Abdelmassih foi levado por volta de meio-dia de sua residência, na zona oeste da cidade de São Paulo, para exame de corpo delito no Instituto Médico Legal. Depois, segue para o presídio, localizado a cerca de duas horas da capital paulista.

Condenado a 181 anos de reclusão por 48 estupros, Abdelmassih cumpria prisão domiciliar desde 19 de abril, após ser considerado parte do grupo de risco da Covid-19. O pedido havia sido feito em 25 de março pela esposa e advogada dele, Larissa Abdelmassih, após a soltura de outros detentos do grupo de risco, e foi atendido pela juíza Sueli Zeraik.

Na última sexta-feira, a decisão foi revogada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, após pedido do Ministério Público. Segundo a procuradoria, o detento pode receber cuidados médicos adequados na prisão e a decisão de Zeraik não considerou que o ex-médico pode ficar em isolamento no presídio. O Ministério alegou ainda que a prisão domiciliar de natureza humanitária, autorizada durante a pandemia, não pode ser usada para progressão indevida da pena.

O ex-médico já cumpriu parte da pena em regime domiciliar até outubro de 2019, mas o benefício foi revogado após denúncias de suposta fraude em seu estado de saúde.

Segundo a defesa, Abdelmassih, de 76 anos, teria doenças cardíacas que exigiriam cuidados domiciliares. A investigação, no entanto, apurou denúncia de um livro, divulgada pelo programa Fantástico, segundo a qual Abdelmassih tomaria remédios para provocar intencionalmente problemas de saúde, enganar os peritos e obter o direito a prisão em casa.

À época, ele foi encaminhado para o Hospital Penitenciário do Carandiru, na zona norte de São Paulo, onde ficou um mês em observação. Após o período, o benefício foi revogado.

O Globo