Se isso for religião, prefiro virar ateu

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Foto: Reprodução/ Internet

Por Eduardo Guimarães

Qualquer pessoa com um mínimo de decência, compaixão, amor ao próximo e todos os outros valores cristãos ou civilizatórios se chocou com o bando de hipócritas e fanáticos religiosos que se aglomeraram à porta de um hospital chamando de “assassina” uma criança de dez anos violentada, humilhada e envergonhada.

Um ser inocente que ainda mal sabe o que está acontecendo consigo.

Estudei em escolas católicas durante todo o ensino fundamental e o médio. Nasci, cresci, casei-me e batizei meus filhos na Igreja Católica. É com horror, repulsa e tristeza que vejo as religiões todas, do catolicismo ao neopentecostalismo (evangélicos), mergulharem em atos como os de uma multidão de fanáticos religiosos fazendo arruaça e gritarias à porta de um hospital e agredindo verbalmente a menina assustada e destroçada pela maldade.

Apesar da formação religiosa, desde cedo me dei conta de que essas pessoas que vivem falando em religião ou são manipuladas e fanatizadas ou são desonestas e hipócritas. A fé tem que residir em nossos corações, em nossas almas e em nossas ações. Não há espírito cristão algum em uma horda de psicopatas e canalhas gritarem insultos contra uma criança violentada na porta de um hospital.

Ao longo da vida, a hipocrisia de TODAS as religiões foi me afastando do catolicismo e de qualquer outra congregação. Decidi que não preciso de intermediários para me relacionar e honrar Deus Todo-Poderoso. Creio Nele, mas a fé, para mim, é íntima e não deve ser alardeada. Aprendi que quem alardeia sua fé não é digno de confiança.

Se isso que fizeram com essa menina for religiosidade, prefiro virar ateu

Redação