Suspeição de Moro pode ser julgada após Celso de Mello se aposentar

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Foto: Reprodução

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes tem dito a interlocutores que pretende retomar o julgamento da suspeição de Sergio Moro na condenação de Lula quando as sessões da corte voltarem a ser presenciais.

Gilmar tem argumentado que esse é um julgamento complexo e que exige uma “dinâmica” diferente das sessões que estão acontecendo por videoconferência. Na avaliação do ministro, o julgamento terá discussões e complementações de voto, o que ocorre com mais facilidade de forma presencial.

Até o momento, porém, o Supremo não tem previsão de retomar as sessões presenciais em 2020. Com isso, há chances de o julgamento acontecer sem a presença de Celso de Mello, que se aposenta em novembro.

Não está confirmado, porém, que um indicado de Jair Bolsonaro ocupará a vaga do decano no julgamento de Moro. Por duas vezes, integrantes da Primeira Turma já migraram para a Segunda Turma para que o novato não entre na corte com o peso das decisões que envolvem a Lava-Jato.

A análise sobre a suspeição de Moro pela Segunda Turma do STF está suspensa desde 2018, por um pedido de vista de Gilmar. Ontem, no julgamento que tirou a delação de Antonio Palocci em uma ação contra Lula, tanto Gilmar Mendes quanto Ricardo Lewandowski indicaram que votarão pela suspeição do ex-juiz da Lava-Jato. Com isso, as acusações sobre o petista seriam anuladas.

O Globo