Caso Marielle: Polícia faz buscas contra suspeitos
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A Polícia Civil do RJ e o Ministério Público do Rio de Janeiro (RJ) iniciaram nesta quarta-feira (9) uma operação de busca e apreensão contra Ronnie Lessa e o ex-vereador Cristiano Girão. As buscas podem ajudar a esclarecer a morte de Marielle Franco.
O PM reformado preso pelo atentado contra a vereadora Marielle Franco, em 2018, Ronnie Lessa e o ex-vereador, Cristiano Girão são suspeitos de envolvimento na morte de um casal em 2014.Segundo a investigação, Girão mandou matar o miliciano André Henrique da Silva Souza, o Zóio, e Juliana Sales Oliveira, em uma disputa territorial. Ronnie é investigado como autor do duplo homicídio.
Segundo a Delegacia de Homicídios da Capital, Zóio e Juliana foram mortos com mais de 40 tiros em 14 de junho de 2014 e de uma forma bastante semelhante ao do atentado contra Marielle.O casal estava num Honda Civic prata quando foi abordado — em movimento — por pelo menos três homens que estavam num Fiat Doblò prata.
Ronnie Lessa está preso na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho, Rondônia, ao lado de Élcio de Queiroz, apontado como o motorista do carro do atentado.
Cristiano Girão foi condenado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas desde 2015 responde em liberdade no Nordeste, monitorado por tornozeleira e impedido de voltar ao RJ.
Um relatório da Polícia Federal obtido pelo SBT Brasil apontou que, quase dois anos e meio após o crime, as investigações sobre quem mandou matar a vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) podem estar mais próximas de uma conclusão. O documento da PF estabelece pela primeira vez uma ligação direta entre Ronnie Lessa, acusado de matar Marielle e o motorista a Anderson Gomes, e um dos investigados como mandante do crime: o ex-vereador do Rio Cristiano Girão Matias (ex-PMN, hoje sem partido).