Cruzada moralista evangélica é marcada por hipocrisia

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Foto: Reprodução

Há muita hipocrisia nesta onda conservadora mundial no quesito moral e bons costumes, incensada em boa parte por algumas destas novas igrejas evangélicas. Nos EUA, uma pesquisa mostra que 80% dos fiéis de alguns telepastores votam em Trump — um defensor do aborto no passado, casado pela terceira vez e envolvido em vários escândalos sexuais. Veja este caso de Crivella, bispo licenciado da Igreja Universal, que, por sinal, defende a legalização do jogo, para alegria dos bicheiros. É ético usar funcionário público, pago com o meu, o seu, o nosso dinheiro, para ficar fora do serviço com a missão de constranger repórteres da TV Globo? Isso sem falar na promiscuidade destes religiosos com o meio político. Crivella também foi ministro de Dilma e hoje apoia Bolsonaro.
Silas Malafaia, outro pastor de destaque, (visto aqui no ato em defesa da família, ao lado do pastor Everaldo e do ex-deputado Eduardo Cunha, ambos presos) também dedica boa parte do seu tempo ao mundo político. Mas o professor Faustino Luiz Couto Teixeira, do programa de Pós-Graduação em Ciência da Religião da UFRJ, chama atenção para as generalizações. “Há que romper com uma visão caricata do mundo evangélico e perceber que núcleos importantes, sobretudo entre os evangélicos históricos, fazem, por exemplo, oposição a Bolsonaro”.

O Globo