Em livro, Mandetta diz que Bolsonaro não lhe dava atenção
Foto: Marcelo Casal jr/Agência Brasil
Era 27 de março. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, apresentava aos ministros Walter Braga Netto, da Casa Civil, e Sérgio Moro, então à frente da Justiça, projeções que previam, no pior cenário, até 180 mil mortes pelo novo coronavírus.
Aquele era um dos primeiros encontros com o restante do governo sobre a epidemia que já assolava o país. Braga ficou espantado. Moro comparou a situação a “quatro Boeings caindo por dia”. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se mantinha alheio das discussões.
“Ele nunca aceitou sentar comigo para ver a realidade que o seu governo estava para enfrentar”, diz o ex-ministro.
Cena e relato são descritos no livro “Um Paciente Chamado Brasil”, que Mandetta lança nesta sexta-feira (25) pela editora Objetiva, do grupo Companhia das Letras.
Redação com Folha