Estádio no Reino Unido tem sucesso de distanciamento social

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Foto: Steve Bardens/Getty Images

Era de esperar que os 30 000 lugares do Amex Stadium estivessem completamente lotados para o amistoso de pré-temporada entre o Brighton, o dono da casa, no sul da Inglaterra, e o Chelsea, no sábado 29 de agosto. Interesse havia, e muito — o Brighton retornou em 2017 à Premier League, depois de mais de trinta anos nas divisões inferiores, e todo duelo contra o clube londrino, que acaba de contratar o zagueiro Thiago Silva, é celebrado efusivamente. E, no entanto, havia apenas 2500 pessoas nas arquibancadas durante o empate em 1 a 1. Fracasso de público? Ao contrário, sucesso. Foi o primeiro de uma série de testes com a presença de torcedores nos estádios ingleses desde a eclosão da pandemia, em março. Os ingressos eram cartões digitais afeitos a ser imediatamente descartados. As máscaras, compulsórias ao atravessar os portões de entrada. Dinheiro em espécie? Proibido. Os painéis eletrônicos reafirmavam a importância de higienizar as mãos e afastá-las do rosto. Nas filas que se formaram para o banheiro impôs-se a distância mínima de 2 metros entre um cidadão e outro. “Foi um dia fantástico, o primeiro passo para a volta da normalidade, com segurança”, disse o técnico do Brighton, Graham Potter. “A presença dos fãs traz uma dinâmica completamente diferente ao estádio e, portanto, também ao jogo.” Até a quarta-feira 2, mais de 41 000 pessoas tinham morrido de Covid-19 no Reino Unido, numa taxa de 611 óbitos para cada milhão de cidadãos. No Brasil, a contagem chegara a 123 000 mortes, com índice de 578 por milhão de habitantes, menor, portanto, que o britânico. Não há, contudo, perspectiva de reabertura dos estádios brasileiros para a torcida. O silêncio ecoará ainda um bom tempo por aqui.

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