Novo chefe da Lava Jato seria “linha dura”

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Foto: Reprodução/ Folha

Alçado à chefia da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba no lugar de Deltan Dallagnol, o procurador Alessandro José Fernandes de Oliveira é tido entre os colegas da área jurídica como linha dura, mas dedicado e ponderado nos casos em que atua.​

No grupo de trabalho da Lava Jato na PGR (Procuradoria-Geral da República), do qual faz parte desde janeiro de 2018, Oliveira atuava em ações que tramitam nas cortes superiores, trabalhando em casos de investigados com foro especial.

Há cerca de um ano, ele e outros cinco procuradores da equipe chegaram a deixar o posto, alegando incompatibilidade com medidas da então procuradora-geral, Raquel Dodge. Dias depois, Augusto Aras, que assumiu o cargo na sequência, convidou parte da equipe para voltar aos postos, entre eles Oliveira.

Numa nova crise, desta vez com Aras, em junho deste ano, Oliveira decidiu não seguir os três colegas que pediram para deixar o núcleo de Brasília. Na ocasião, Hebert Mesquita, Luana de Macedo e Victor Riccely entregaram os postos em resposta à tentativa da coordenadora, Lindôra Araújo, braço direito de Aras, de acessar dados sigilosos da força-tarefa em Curitiba.

Oliveira é procurador da República desde 2004 e atua no Paraná há oito anos. Já foi conselheiro do Conselho Penitenciário do Paraná, entre 2011 e 2013, e coordenador da Rede de Controle da Gestão Pública do Paraná, de 2012 a 2016.

Entre advogados, ele é descrito como “linha dura”, mas ponderado em relação aos casos em que atua. No gabinete, é conhecido por seguir os horários à risca e revisar todo o trabalho dos subordinados, além de manter a prática dos estudos.

Redação com Folha