ONG do movimento negro quer conectar milhões de moradores de favelas

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Foto: Celso Athayde | Divulgação

A Central Única das Favelas, fundada em 1999 por MV Bill e Celso Athayde, depois de distribuir, com a ajuda de um grupo de empresas, acredite, cerca de R$ 150 milhões nesta pandemia, parte para um plano ainda mais ousado. Quer superar uma nova barreira nas favelas do Brasil: o isolamento digital. Para isso, lança, dia 24, o projeto “Mães da Favela ON” com a ambição, veja só, de conectar 4,5 milhões de moradores de comunidades do todo o país, do Oiapoque ao Chuí. Será assim: a Central disponibilizará, numa parceria inédita com a TIM, Alô Social e a Comunidade Door, 20 pontos de wi-fi livre em 150 favelas, além de distribuir 500 mil chips para mães de comunidades. “A ideia é facilitar o ensino remoto dos seus filhos, que poderão acessar conteúdos educacionais, e também empreender”, diz Celso (foto), de 57 anos, ele próprio criado na favela do Sapo, na Zona Oeste do Rio. O programa conta com a chancela da Unesco, que também selecionará conteúdos. “Entre comprar comida ou dados, os moradores das favelas ficam com a primeira opção, claro”, diz. “Vamos continuar distribuindo cestas básicas e também, agora, democratizar um pouco mais a internet”, completa. Segundo o Data Favela, 84% dos internautas de comunidades acabam com o pacote de dados muito antes do programado. É, provavelmente, o maior projeto brasileiro de conectividade nas favelas brasileiras. Estamos juntos. Nós vamos sair dessa.

O Globo