Rússia diz ter achado ponto fraco do coronavírus
Foto: © AP Photo / Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas dos EUA
Uma equipe de cientistas da Escola Superior de Economia, na Rússia, afirma que tanto o SARS-CoV-2 como outros coronavírus possuem a capacidade de “atrair” um mecanismo pelo qual as células do hospedeiro impedem a replicação viral.
De acordo com o estudo publicado na PeerJ, as moléculas conhecidas como miRNA hsa-miR-21-3p podem ser o calcanhar de Aquiles da COVID-19, isso porque poderiam ser capazes de reprimir a replicação do coronavírus humano, inibindo o crescimento nos primeiros estágios da infecção e atrasando a imunidade ativa.
Ao analisar os sete tipos de coronavírus conhecidos que infectam os humanos, os autores do estudo comprovaram que seis deles, incluindo o responsável pela COVID-19, mostram locais de união mútuos para miRNA hsa-miR-21-3p e outro microRNA, chamado hsa-miR-421.
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— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) September 8, 2020
Para analisar o papel que desempenha após a entrada do coronavírus nas células, os cientistas decidiram analisar o processo de infecção nos pulmões de ratos de laboratório, comprovando que quando ocorre a infecção a produção de miRNA aumenta em oito vezes, indicando que o vírus “promove” a união destas moléculas ao seu próprio RNA, afetando sua multiplicação.
Agora, os cientistas pretendem analisar as possibilidades de um efeito medicinal sobre o vírus que é atraído aos miRNA descobertos.
Os especialistas pretendem analisar se a introdução ou eliminação artificial deste mecanismo pode prevenir a reprodução do vírus.