Só 1/3 dos paulistanos considera saúde “prioridade”

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Foto: Tiago Queiroz/Estadão – 24/4/2020

A Saúde é a área em que os paulistanos mais enfrentam problemas, segundo a pesquisa Ibope encomendada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e publicada em parceria com o Estadão. A preocupação com esse setor, porém, diminuiu desde março, época em que a população começou a sentir os primeiros efeitos da pandemia de covid-19.

Na pesquisa feita entre os dias 15 e 17 deste mês, o Ibope apresentou aos eleitores uma lista de áreas em que “as pessoas vêm enfrentando problemas de maior ou menor gravidade”, e pediu a eles que apontassem as mais importantes para os moradores da cidade.

Entre os itens da lista estão vários relacionados ao cotidiano e aos desafios dos moradores de São Paulo: transporte coletivo, trânsito, iluminação pública, geração de empregos e Educação, entre outros.

Saúde foi citada em 33% das respostas, taxa que é o triplo da registrada em relação ao transporte coletivo, item que vem em segundo lugar no ranking.

Em março deste ano, quando foi realizada a primeira pesquisa da parceria Ibope, ACSP e Estadão, as respostas mencionando a Saúde como a área mais problemática chegaram a 47%.

A preocupação com essa área já foi ainda mais concentrada. Em 2016, durante a campanha para as eleições daquele ano, nada menos que 54% dos eleitores de São Paulo citaram Saúde ao responder à mesma pergunta.

No levantamento mais recente, a Saúde foi considerada como a área mais problemática de todas por eleitores de todas as faixas de renda – a preocupação, porém, é maior entre os mais pobres e os menos escolarizados. Também se observam diferenças entre gêneros e raças: as mulheres (35%) se preocupam mais com saúde do que os homens (30%), assim como os pretos e pardos (36%) veem o setor como mais problemático do que os brancos (29%).

Além de perguntar qual é a área prioritária para os paulistanos, o Ibope pediu aos entrevistados que listassem os três setores considerados mais problemáticos.

Na soma das porcentagens dessas três respostas, mais uma vez a Saúde ficou em primeiro lugar, com 62%. Ou seja, seis em cada dez paulistanos incluem a Saúde entre suas três principais preocupações.

Quando o ranking leva em conta as três áreas, e não apenas uma, o quesito transporte coletivo cai da segunda para o quarta posição, com 27%.

A Educação é citada por 39% como uma das três prioridades, e a Segurança Pública, por 33%.

O Ibope entrevistou 1.001 eleitores da capital nos dias 15 a 17 de setembro. A margem de erro máxima estimada é de três pontos porcentuais para mais ou para menos. O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro. O levantamento foi registrado no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo SP-04089/2020.

Estadão