Advogado de Bolsonaro cobra R$ 250 mil de Crivella

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Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Condenado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) a uma inelegibilidade de oito anos por abuso de poder político nas eleições de 2018, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), investiu pesado para conseguir suspender a punição junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por meio de uma liminar concedida a ele na última terça-feira, 13.

Crivella contratou para sua campanha o advogado Admar Gonzaga, ex-ministro do TSE e secretário-geral do Aliança pelo Brasil, o partido que o presidente Jair Bolsonaro pretende (ou pretendia) fundar. Pelos serviços do escritório A. Gonzaga Advogados, de Admar e Marcello Dias, Crivella desembolsou 250.000 reais, conforme prestação de contas da sua campanha à Justiça Eleitoral. O dinheiro foi desembolsado em 1º de outubro.

Com Admar Gonzaga à frente de sua defesa no TSE, Marcelo Crivella conseguiu a suspensão da inelegibilidade a partir de uma decisão do ministro Mauro Campbell. O magistrado avalia que há “aparente fragilidade” nas provas sobre a participação de Crivella na organização de um evento na Comlurb, empresa de limpeza urbana municipal do Rio, em que Marcelo Hodge Crivella, filho do prefeito, foi apresentado como pré-candidato deputado federal. Ele não foi eleito.

A despesa com o escritório de Admar Gonzaga foi a segunda maior da campanha de Crivella até o momento. Ele também gastou 653.351 reais em duas gráficas, que imprimiram material para distribuição aos eleitores. O total de despesas de mais de 900.000 reais está acima das receitas da campanha até o momento, de 557.000 reais, injetados pelo Diretório Nacional do Republicanos.

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