Bolsonaro chama maranhenses de “boiolas”

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Foto: Alan Santos/PR

Na visita ao Maranhão, nesta quinta-feira, 29, o presidente Jair Bolsonaro fez piada de tom homofóbico em uma parada não programada, no município de Macabeira (MA). Durante o trajeto da capital, São Luís, até Imperatriz (MA), Bolsonaro parou para cumprimentar apoiadores, que ofereceram a ele um copo de Guaraná Jesus, refrigerante cor-de-rosa, tradicional no Estado.

“Agora virei boiola igual maranhense, é isso?”, provocou Bolsonaro, rindo, ao tomar o refrigerante. “É cor-de-rosa do Maranhão aí, ó. Quem toma esse guaraná aqui vira maranhense, hein?”. Sem máscara de proteção contra covid-19, o presidente causou aglomeração de pessoas por onde passou e posou para selfies. A interação com eleitores foi transmitida ao vivo pelas redes sociais do chefe do Executivo.

Bolsonaro insistiu, mais de uma vez, na piada preconceituosa. Indicando a cor da bebida, ele questionou os apoiadores: “Que boiolagem é isso aqui?”. Nesta quinta-feira, 29, o presidente participou de visita técnica às obras de trecho da BR-135. Agora à tarde, Bolsonaro estará em Imperatriz (MA) para outra agenda de entregas de obras do governo federal.

Ao chegar em São Luís, Bolsonaro foi recebido em meio a gritos de “mito” e “fora, Flávio Dino”. A recepção do presidente foi marcada por aglomerações e com poucas pessoas utilizando máscaras. No Maranhão, 185 mil pessoas já foram infectadas pelo novo coronavírus e 3.482 já morreram.

Na Capital, uma multidão o esperava no Aeroporto Marechal Hugo da Cunha Machado e, logo em seguida, ele seguiu para Bacabeira, onde inaugurou um trecho de 3,7 km da BR-135, que está sendo reconstruída pelo Exército Brasileiro.

O presidente agradeceu a parceria da bancada maranhense. Esta é a primeira vez de Bolsonaro no estado maranhense desde que se elegeu. Ainda em São Luís, Bolsonaro sobrevoou a Lagoa da Jansen, que deve receber um processo de tratamento de despoluição. O governador Flávio Dino (PCdoB) não participou da visita de Bolsonaro ao Maranhão, informando que não foi convidado.

Estadão