Bolsonaro compara indicação ao STF a escalação da Seleção
Foto: Isac Nóbrega/PR
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira que indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF) ficou “igual escalar a seleção brasileira”, em que cada um tem suas preferências. Em conversa com apoiadores, o presidente quis justificar a escolha do desembargador Kassio Nunes Marques para a Corte, mesmo sem ser questionado sobre o tema.
“Tem muita crítica aí da indicação do Supremo? É que indicação para o Supremo ficou igual escalar a seleção brasileira, todo mundo tem seu nome e aquele que não entrou o nome dele reclama, começa a acusar o cara de tudo”, afirmou. “Este mesmo pessoal do passado queria que eu colocasse o Moro”, acrescentou, referindo-se ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro.
Bolsonaro defendeu o nome de Marques, citando como atributos o fato de o juiz ser católico e possuir “certa vivência na área militar”. O presidente também argumentou que não seriam verdadeiras as informações de que o desembargador apoiou a permanência do ativista italiano Cesare Battisti no Brasil e que ratificou uma licitação para comprar alimentos, incluindo lagosta, para o STF. Também contemporizou o fato de ele ter sido indicado pela então presidente Dilma Rousseff ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
“O Tarcísio (de Freitas, ministro da Infraestrutura) trabalhou com o PT, parece que o ministro da Defesa também trabalhou. Um montão de militar serviu no PT, aquele cara ali foi ajudante de ordens do Lula e da Dilma. E daí?”, afirmou, novamente sem ser questionado acerca do assunto.
Bolsonaro relatou aos apoiadores ainda ter tomado café da manhã no Alvorada com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. “Tomei café com o Rodrigo Maia, tô errado? Quem faz a pauta da Câmara?”, argumentou.
O presidente confirmou que sancionará amanhã com Maia e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, as mudanças no Código de Trânsito.