Collor volta à mira da lei

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 Foto: Ueslei Marcelino/Reuterscollor

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta, 21, a Operação ‘O Quinto Ato’ para investigar suposto esquema criminoso, mantido entre 2014 e 2015, que envolvia pagamento de propinas para intervenção junto ao Ibama, visando à liberação da licença ambiental de instalação do Porto Pontal Paraná. O senador Fernando Collor está entre os alvos da ofensiva.

De acordo com a PF, o nome da operação faz uma referência ao rastreamento feito pelos investigadores a partir do pagamento da ‘5ª parcela’ de um jato executivo adquirido pelo parlamentar.

Cerca de 50 agentes cumpre 12 mandados de busca e apreensão em endereços de Curitiba, Pontal do Paraná, Gaspar (SC) e São Paulo (SP). As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal, que determinou ainda o bloqueio de valores dos investigados. Segundo apurado pelo Estadão, um endereço ligado a Collor em São Paulo é alvo de busca da operação.

De acordo com a PF, a investigação é desdobramento da Operação Politéia – ofensiva aberta em 2015 que identificou bens de luxo pertencentes a um parlamentar federal que teriam sido pagos com propinas recebidas de empresários que tinham interesse em sua atuação política junto a órgãos federais. Também há indícios de pagamentos de vantagens indevidas em espécie, ressalta a corporação.

A Politéia foi a primeira fase da Lava Jato aberta nas investigações que correm perante o Supremo Tribunal Federal. Na ocasião foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão em Brasília e em seis Estados, sendo que na residência de Collor em Brasília, os agentes levaram três automóveis de luxo importados.

COM A PALAVRA, O SENADOR FERNANDO COLLOR

A reportagem busca contato com o senador. O espaço está aberto para manifestações.

Estadão