Movimento negro aciona corregedoria contra defensor público
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Os cinco mais importantes blocos afros da Bahia — Filhos de Gandhi, Olodum e Ilê Aiyê, entre eles — protocolaram uma representação na corregedoria do Defensoria Pública da União contra o defensor Jovino Bento Júnior. Ele é o responsável por ter ajuizado uma ação contra a Magazine Luiza pelo fato de a empresa ter aberto um programa de estagiários exclusivo para negros.
Jovino alegou que a conduta da empresa é discriminatória e pediu uma condenação de R$ 10 milhões por danos morais.
No documento, os blocos argumentam que Jovino pretende constranger judicialmente a empresa para que ela alterar o seu programa de estagiários. Além disso, afirmam que o defensor não traz “elementos probatórios mínimos que possam demonstrar a existência de dano moral ou material a interesses difusos ou coletivos de grupos vulneráveis”. O que seria uma “forma inusitada e temerária de “tentar esconder” seu (verdadeiro) objetivo: defender o teratológico “racismo reverso””.
Assinam a representação o Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara), o Filhos de Gandy, o Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê, o Olodum, o Cortejo Afro e e o Malê Debalê.