PT, PSOL, PSL e Novo se unem contra Doria
Foto: Lucas Borges Teixeira/UOL
Manobras de obstrução, pedidos de ordem, elogios e bate-bocas. Seria mais uma votação comum na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) não fosse um detalhe: parlamentares de direita e esquerda se uniram para tentar barrar o projeto do governador João Doria (PSDB) que extingue, de uma única vez, dez empresas públicas, hospital, fundações e institutos de pesquisas.
O debate, iniciado na última segunda (28), foi adiado por mais uma noite de ontem em uma derrota da base governista, que queria acabar o processo de discussão naquela noite e votar a proposta o quanto antes. Parceiros improváveis, PT, PSOL, PSL, Novo e Patriotas comemoraram o adiamento como vitória.
Apresentado pelo governo paulista em agosto para sanar o rombo do estado, o projeto de lei determina o fechamento de instituições, como CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano), e retira fundos das universidades públicas paulistas e da Fapesp, principal fomentadora de pesquisa acadêmica no estado, entre outras medidas.
A bancada à esquerda focou os argumentos de rejeição nos cortes em universidades e possíveis malefícios da proposta à população mais carente.
Os partidos mais à direita, falavam que Doria é o responsável pelo rombo da economia no estado em meio à pandemia de covid-19 e rejeitavam o aumento de impostos. Os defensores, por sua vez, alegavam que, sem o ajuste, o estado quebraria.
Redação com Uol