Acusação contra PSOL queima Crivella nas redes

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Foto: Gabriel de Paiva

As falsas acusações feitas pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicamos) de que o PSOL tentaria implementar “pedofilia nas escolas”, em um eventual governo de Eduardo Paes (DEM), geraram mais reação negativa do que apoio no Twitter e não mobilizaram a base bolsonarista na plataforma. É o que indica um levantamento feito, a pedido do GLOBO, pela consultoria especializada em redes sociais Arquimedes, que identificou quase dez mil menções ao tema entre quinta-feira e as 18h de ontem.

A análise revela que 95% das mensagens foram de crítica à declaração de Crivella. O principal influenciador do debate foi o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL).

Mesmo com o apoio público do presidente Jair Bolsonaro na eleição para prefeito do Rio, Crivella não encontrou respaldo na base do presidente na rede social. Pedro Bruzzi, sócio da Arquimedes, lembra que esta não é a primeira vez que os apoiadores de Bolsonaro não saem em defesa do prefeito. Antes mesmo da campanha começar, movimento semelhante ocorreu em setembro durante a votação do processo de impeachment na Câmara do Rio pela denúncia envolvendo os Guardiões do Crivella.

— O Crivella tem encontrado dificuldades em ganhar apoio dos bolsonaristas nas redes desde antes da campanha, quando um grande grupo de influenciadores da direita se pronunciou em defesa de Luiz Lima (PSL) no Rio de Janeiro. Até mesmo o deputado federal Otoni de Paula (do PSC, que estava ao lado de Crivella na live em que o prefeito fez ataques ao PSOL) já foi contra seu nome. Mais uma vez ele ficou isolado — destaca Bruzzi.

Otoni deve enfrentar um processo no Conselho de Ética da Câmara, informou ontem a coluna de Lauro Jardim. A Procuraria Regional Eleitoral do Rio vai incluir o vídeo com as acusações falsas em um processo já existente contra Crivella por outras declarações falsas sobre Renata Souza, que disputou a prefeitura pelo PSOL.

O Globo 

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