Barroso diz que Bolsonaro prega volta ao passado
Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltar a defender a votação por meio de cédulas de papel no país, o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, disse que a medida seria “um retrocesso”. Durante uma live, Bolsonaro falou que uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) prevendo o voto impresso pode ser apoiada pelo governo.
Durante o 8º Fórum Liberdade e Democracia, em Vitória (ES), o ministro Barroso, sem citar o presidente, falou: “Retornar ao voto impresso é como comprar um videocassete. (…) De 1996 para cá, nunca se documentou nenhuma coisa errada, nem fraudes. Não tenho paixão pela urna, mas tenho apreço por eleições limpas”.
O ministro criticou, no entanto, o preço dos equipamentos. “Meu incômodo é o custo. Temos 500 mil (urnas eletrônicas). Custa R$ 700 milhões. E a cada eleição temos que trocar 100 mil”, ponderou.
Barroso aproveitou a plateia pra se mostrar preocupado com o que chamou de “grupos hierarquizados, que têm mercenários” para difundir fake news. “Isso não é liberdade. São bandidos. A mentira deliberada tem um dono. As notícias falsas nesta campanha até agora tiveram papel pequeno e quase todas requentadas”, comentou
Folha de SP