Bolsonaro acusará países que compram madeira ilegalmente

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Foto: Marcos Corrêa/Divulgação

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 17, que o governo irá divulgar uma lista de países que criticam o Brasil por conta do desmatamento da Floresta Amazônica, mas compram madeira extraída ilegalmente da região.

A declaração foi feita terça durante a 12° cúpula dos Brics, realizada por meio de videoconferência e presidida pelo mandatário da Rússia, Vladimir Putin. “Estaremos revelando nos próximos dias os países que têm importado madeira extraída de forma ilegal da Amazônia”, disse Bolsonaro, que insinuou que parte dos compradores são “severos críticos ao meu governo”. O presidente brasileiro também prometeu que a prática do desmatamento ainda diminuirá “muito” durante seu mandato.

Os países que participaram da reunião pediram por reformas estruturais nas agências da Organização das Nações Unidas (ONU). A China, por sua vez, exaltou o Acordo de Paris e pediu compromisso ao texto.

“Temos que alcançar a harmonia entre o homem e a natureza. O aquecimento global não parou por causa da pandemia”, disse Xi, acrescentando que é necessário “cumprir o Acordo de Paris com base no princípio da responsabilidade comum”.

“Anunciei, recentemente, na ONU, a iniciativa da China de aumentar suas contribuições voluntárias internas para que nossas emissões de CO2 diminuam até 2030 e nos tornemos um país neutro em carbono até 2060”, afirmou o mandatário.

Durante os dois primeiros anos de governo, Bolsonaro e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foram criticados interna e externamente por suas visões quanto à Floresta Amazônica, ao mesmo tempo em que a região sofria com uma das piores queimadas já registradas. O Pantanal foi outro bioma brasileiro afetado pelas chamas neste ano.

Pleito histórico, principalmente do Brasil e da Índia, os países do Brics pediram por reformas em organismos multilaterais, como o Conselho de Segurança da ONU com o objetivo de “torná-lo mais representativo, eficaz e eficiente e aumentar a representação dos países em desenvolvimento, de modo que possa responder adequadamente aos desafios globais.

“Os sistemas multilaterais estão em crise. Há questionamentos sobre a credibilidade e a eficácia de instituições da governança global. A principal razão é que elas não mudaram com o tempo. Até hoje, elas se baseiam na mentalidade e na realidade de 75 anos atrás”, afirmou o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Outras reformas que os países pediram foram do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Bolsonaro, por sua vez, disse que a reforma da OMC é fundamental para a retomada do crescimento global, uma vez que “é necessário prestigiar propostas de redução dos subsídios para bens agrícolas, com a mesma ênfase que alguns países buscam promover o comércio de bens industriais”.

Putin recordou a declaração de outra cúpula do bloco, em 2015, na qual o Brics se comprometeu a trabalhar em conjunto para combater a disseminação de doenças “incluindo um novo tipo de coronavírus“.

“No desenvolvimento desse acordo, os estados do Brics criaram um sistema de alerta precoce para epidemias. Tínhamos algo em que confiar. Os membros do Brics foram capazes de responder rapidamente e tomar medidas concretas na luta contra a pandemia”, afirmou o presidente russo. Índia, Brasil, Rússia e África do Sul, no entanto, figuram no topo do ranking de países mais afetados pela pandemia, além de serem criticados, internamente por sua resposta ao vírus.

Putin também falou sobre vacinas, e exortou os países a acelerarem o desenvolvimento de laborários que produzam os imunizantes, principalmente contra a Covid-19. “Consideramos de grande importância agilizar a criação de um centro de desenvolvimento e pesquisa de vacinas do Brics, algo que definimos há dois anos, com nossos colegas sul africanos, em Johanesburgo”, disse o mandatário russo.

“Gostaria de observar que o Fundo de Investimento Direto Russo concluiu acordos com parceiros indianos e brasileiros para conduzir testes clínicos da vacina Sputnik-V, e com empresas farmacêuticas na China e Índia para abrir centros para a produção de nossa vacina nesses países”, disse Putin.

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