Covas finge que não pediu apoio de Russomanno
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Obstinado a confirmar o favoritismo nas eleições para a Prefeitura de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) não perdeu tempo. Buscou, imediatamente, o apoio de Celso Russomanno (Republicamos) – candidato de Bolsonaro no primeiro turno da disputa.
Em entrevista ao Metrópoles, o tucano se colocou na posição de cortejado. “Apoio não se nega”, disse à jornalista Rachel Sheherazade. E ressalvou: “Isso não significa que sou o candidato do Bolsonaro. Até porque nunca tive nenhum alinhamento ideológico com ele” (confira a partir do minuto 3’29).
Covas comentou a chegada de novos aliados e falou sobre a relação com seus apoiadores mais próximos. Afirmou que colocaria a “mão no fogo” por Ricardo Nunes (MDB), seu vice. Para o atual prefeito, as acusações contra o número 2 de sua chapa não passam de “disse me disse” (7’32).
Em outubro, reportagem da Folha de S.Paulo revelou que uma entidade ligada a Nunes teria pago, com dinheiro público, empresas investigadas na chamada máfia das creches.
Quanto à ausência do governador João Doria (PSDB) na campanha eleitoral, Covas argumentou que o apoio do padrinho político “está muito claro para a população” e que “não tem nenhum sentido parar de governar o estado para fazer campanha” (4’44).
O tucano evitou adjetivar seu adversário, declarou que os eleitores de São Paulo vão fazer juízo de valor sobre Guilherme Boulos (PSol) e indicou que apresentará, nos próximos dias, um embate de “currículos” e de “propostas” com o concorrente.
Bruno Covas não admitiu que a prefeitura, sob seu comando, tenha sido negligente no enfrentamento da Cracolândia (15’00). Considerou positiva a atuação da capital diante da pandemia de Covid-19 (19’34) e atribuiu o aumento de desabrigados na cidade de São Paulo à gestão petista (13’27).
Eleito vice-prefeito em 2016, Covas foi alçado ao comando da maior metrópole do país em 2018, quando João Doria deixou a gestão da Prefeitura de São Paulo para disputar o governo do estado.
Aos 40 anos, enquanto se lança em disputa eleitoral, também trava luta pessoal contra um câncer agressivo. Apesar da rotina de tratamento, Covas afirmou que está em plenas condições de batalhar pela reeleição e, se ganhar, governar, pelos próximos quatro anos, o município de São Paulo.
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