Heleno pediu a Bolsonaro para cumprimentar Biden
Foto: Jorge William/Agência O Globo
O silêncio do presidente Jair Bolsonaro sobre a vitória do democrata Joe Biden nas eleições americanas já acumulava 48 horas quando o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, entrou na sala da Presidência no terceiro andar do Palácio do Planalto na última segunda-feira.
Em uma reunião fechada, Heleno, um dos mais longevos aliados do presidente, que está a seu lado desde a campanha, demonstrou preocupação com seu ímpeto de se solidarizar com o republicano Donald Trump, vencido nas eleições da semana passada.
Heleno é uma das poucas vozes ouvidas, de fato, por Bolsonaro. Conselheiro para assuntos estratégicos desde 2018, quando chegou a ser cogitado como vice, tentou convencer o presidente a reconhecer logo a vitória do democrata, como fizeram outros chefes de Estado, inclusive do espectro da direita, durante o fim de semana.
O general deixou a sala e, à noite, se dirigiu à embaixada americana para se encontrar com Todd Chapman, embaixador dos Estados Unidos no Brasil.
A relutância de Bolsonaro em reconhecer os fatos pegou de surpresa parte do staff presidencial. No início da semana, segundo um membro do primeiro escalão do governo, o presidente estava disposto a parabenizar Joe Biden no duelo contra republicano caso as projeções de uma vitória esmagadora do democrata se confirmassem. A vitória ampla ocorreu, mas não de maneira imediata.
Com o cenário de derrota cada vez mais evidente, um Trump selvático passou a atacar o processo de apuração eleitoral americano, exigindo que a contagem de votos parasse, sob o argumento, sem provas, de fraude.
Por aqui, segundo auxiliares do governo, Bolsonaro se fiou nos conselhos de auxiliares admiradores do republicano como o próprio Filipe Martins, seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), embarcando na narrativa da existência de um complô para dar a vitória ao democrata.
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