Sem provas, seguranças do Carrefour acusam vítima de agressão

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Foto: Reprodução

Quando João Batista Rodrigues Freitas, de 65 anos, chegou ao supermercado Carrefour na Zona Norte de Porto Alegre na noite desta quinta-feira, seu filho, João Alberto Silveira Freitas já estava na ambulância, sem vida. Um homem negro de 40 anos, ele morreu após ser espancado por seguranças, em um episódio que tomou as redes sociais nesta sexta-feira, Dia da Consciência Negra.

— Foi uma agressão horrível. A mulher dele me ligou e eu fui para lá, mas quando cheguei ali, ele já estava agonizando — afirmou o pai da vítima ao GLOBO.

Ele passou as últimas horas entre a delegacia e o Instituto Médico Legal, enquanto a morte de seu filho se tornava mais um símbolo do racismo no Brasil. Os vídeos que circulam em redes sociais mostram ele sendo agarrado pelas costas por um segurança e agredido por outro com diversos socos na cabeça.

A agressão teria ocorrido após Beto, como era conhecido, ter ameaçado uma funcionária enquanto passava as compras pelo caixa. No momento da morte, a mulher dele ainda estava dentro da unidade terminando de pagar as compras.

Quando ela chegou, Beto chegou a pedir ajuda, mas não resistiu às agressões. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que ele morreu vítima de uma parada cardíaca causada pela dificuldade de respirar enquanto era imobilizado pelos seguranças.

Embora ainda tente entender o que aconteceu dentro do mercado, o pai de João Alberto está certo de que nada justifica a reação dos seguranças.

— Quando eu cheguei lá, eu perguntei para o segurança: ele bateu em alguém, roubou alguma coisa? Ele disse que não, que ele agrediu porque foi agredido primeiro. Mas não tinha sinal de agressão, não tinha hematoma. Se é assim, eu entendo que só pode ter sido racismo — afirmou.

A morte também surpreendeu amigos de João. A vítima costumava frequentar as partidas do São José, clube da Zona Norte de Porto Alegre.

— O Beto era companheiro nosso de arquibancada, ali de São José, cara firme, cara gente boa, durão, coração mole. Ainda que a gente conheça o tratamento do pessoal no mercado, como a gente é acostumado em dia de jogo, é uma notícia que pegou todo mundo de surpresa — afirmou Márcio Nobre Cardoso, auxiliar administrativo de 29 anos.

Nos vídeos compartilhados nas redes sociais, uma funcionária do supermercado também aparece ao lado dos seguranças que agridem Beto. Ela aparece com um celular na mão, filmando a agressão. Posteriormente, ela também é gravada reclamando que testemunhas estavam filmando a agressão. Segundo João Batista, ela também faria parte da equipe de segurança do mercado.

Os seguranças estão presos e vão responder por homícidio por asfixia por dolo eventual. Um deles é policial militar temporário e estava fora do horário de serviço.

— Eu quero que seja feita Justiça. É nesses casos que a gente só espera que seja feita justiça, entende? As pessoas querem uma resposta — afirma.

Segundo a esposa de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, o homem negro espancado até a morte em um supermercado da rede Carrefour, em Porto Alegre, a vítima chegou a pedir ajuda antes de morrer, mas continuou sendo imobilizado pelos seguranças.

Em entrevista à “Rádio Gaúcha”, a cuidadora de idosos Milena Borges Alves, de 40 anos, afirmou que ele não fez nenhum gesto agressivo para a funcionária do mercado.

Milena contou que estava pagando as compras e, quando chegou ao estacionamento, seu marido já estava imobilizado e pedindo ajuda.

“Eu estava pagando no caixa. Ele desceu na minha frente. Quando cheguei, ele já estava imobilizado. Ele pediu ajuda, quando fui, os seguranças me empurraram”, afirmou Milena à rádio.

A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que ele morreu vítima de uma parada cardíaca em razão da dificuldade para respirar após ser imobilizado.

“Ninguém me disse nada depois que ele estava desmaiado”, afirmou Milena à Rádio Gaúcha.

O Globo

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