Alemanha, Itália e França fecham tudo por pandemia

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Foto: Wolfgang Rattay / Reuters

A Alemanha iniciou uma estrita quarentena nesta quarta-feira para tentar controlar o avanço da Covid-19, mesmo já tendo implementado medidas restritivas anteriormente. Também nesta quarta, o país registrou o recorde de mortes diárias desde o início da pandemia: 952.

O recorde anterior era de 598, na sexta-feira. No entanto, não é possível fazer uma comparação exata entre os dados desse dia com os desta quarta-feira, já que os números foram inflados por causa de um problema técnico em um dos estados, segundo o Instituto Robert Koch, a agência do governo responsável pelo controle e prevenção de doenças.

Segundo o instituto, houve um atraso no envio dos dados da Saxônia desde segunda-feira. Os números desta quarta-feira, então, contam também com informações de segunda e terça da Saxônia, o que pode explicar em parte o rápido aumento no número de mortes, de acordo com a agência.

Os temores de que a pandemia esteja saindo do controle na Alemanha levaram a chanceler Angela Merkel e os 16 governadores a anunciarem no domingo uma severa quarentena que irá até 10 de janeiro, no mínimo.

A partir desta quarta-feira, lojas e escolas ficarão fechadas após uma quarentena parcial ser imposta em novembro, que fechara bares e restaurantes, mas que não conseguiu conter o avanço da segunda onda da pandemia. Além disso, as reuniões de Natal só poderão ter cinco pessoas — antes eram dez — de duas casas diferentes.

A situação apresenta um contraste em relação a como a Alemanha lidou com a primeira onda, quando teve mais sucesso no combate à pandemia do que muitos de seus vizinhos europeus.

O Instituto Robert Koch estima o número de casos confirmados do novo coronavírus em 1.379.238, após 27.728 novas infecções nesta quarta-feira. O número total de óbitos na Alemanha é de 23.427.

A incidência de casos em 7 dias subiu de 174 a cada 100 mil habitantes na terça-feira para 180 a cada 100 mil nesta quarta. Na terça-feira, Merkel havia dito aos deputados que estava preocupada com a tendência do novo coronavírus, avisando que janeiro e fevereiro seriam meses muito difíceis.

Enquanto isso, os alemães estão aguardando a aprovação de uma vacina. Segundo o ministro da Saúde, Jens Spahn, a Alemanha deveria começar a vacinar a população entre 24 e 72 horas após o imunizante da BioNTech e da Pfizer obter a aprovação da União Europeia, podendo começar a aplicá-la já no Natal. Espera-se que as autoridades europeias aprovem a vacina na próxima semana.

Em relação às festas de fim de ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou o uso de máscara nas reuniões em toda a Europa. A instituição afirmou nesta quarta-feira que há um “risco elevado” de que a pandemia da Covid-19 se agrave no início de 2021.

“Pode ser desconfortável usar uma máscara e respeitar as distâncias quando você está com amigos ou família, mas isso ajudará muito a manter todos seguros e saudáveis”, informou a OMS.

Na Itália, um assessor do Ministério da Saúde da Itália pediu que as restrições contra a pandemia sejam drasticamente reforçadas para evitar uma “tragédia nacional”. A declaração foi feita após o escritório nacional de estatísticas ISTAT (equivalente ao IBGE no Brasil) afirmar que o número anual de mortes no país neste ano seria o mais alto desde a Segunda Guerra Mundial.

— Estamos em uma situação de guerra. As pessoas não percebem, mas, da última vez que tivemos tantas mortes, bombas caíram sobre nossas cidades durante a guerra — disse o professor de saúde pública Walter Ricciardi ao canal de televisão la7 na noite de terça-feira.

Na terça-feira, o chefe do ISTAT, Gian Carlo Blangiardo, disse que o número total de mortes na Itália este ano ultrapassaria 700 mil, contra 647 mil em 2019.

— A última vez que algo assim aconteceu foi em 1944, quando estávamos no auge da Segunda Guerra Mundial — disse ele.

Ricciardi, assessor do ministro da Saúde, Roberto Speranza, disse que o governo, que estuda aumentar as restrições durante os feriados de Natal e Ano Novo, deveria fechar totalmente as principais cidades.

A Itália registrou 680 mortes por Covid-19 nesta quarta-feira, elevando o total para 66.537, o quinto maior número absoluto do mundo.

Atualmente, para frear a Covid-19, a Itália está dividida em três cores, que determinam o nível de restrição em cada região: amarela, laranja e vermelha — que determinam, respectivamente, medidas mais leves e mais rígidas. Em todo o país, há um toque de recolher noturno, mas, nas áreas mais afetadas, por exemplo, moradores só podem sair de casa durante todo o dia por motivos considerados essenciais. Desde o início da medida, com a redução dos casos, muitas regiões já deixaram de ser consideradas zonas vermelhas.

No Reino Unido, o primeiro país a iniciar a vacinação contra a Covid-19, o primeiro-ministro Boris Johnson disse nesta quarta-feira que as pessoas deveriam planejar apenas um “pequeno Natal alegre” e ter extrema cautela, recusando-se a proibir reuniões familiares, apesar dos casos de Covid-19 terem disparados no território britânico.

Horas após pubs e restaurantes serem forçados a fechar novamente em Londres e em algumas outras áreas para combater o agravamento do surto, Johnson disse que os planos para reduzir as restrições por cinco dias a partir de 23 de dezembro seguirão em frente, mas pediu às pessoas que tomem cuidado. A decisão, no entanto, foi criticada por duas influentes revistas médicas.

Na França, comeoou na terça-feira um toque de recolher mais estrito para conter as contaminações. A medida vai valer entre 20h e 6h, com exceção da noite de 24 de dezembro — quando os franceses poderão se reunir — e incluirá a noite de Ano Novo.

Mesmo com a exceção do Natal, as autoridades pediram que as reuniões sejam restritas a seis pessoas e que os franceses “limitem as interações” durante cinco dias antes de encontrar uma pessoa idosa ou vulnerável.

Com o toque de recolher, franceses só podem sair de casa durante esse horário por motivos de trabalho ou médicos. Quem violar a medida está sujeito a uma multa de € 135 (R$ 839).

Apesar disso, a partir desta terça-feira, os cidadãos puderam voltar às ruas com o fim da ordem de ficar em casa. Antes, os franceses só podiam sair de casa por um tempo limitado e em situações específicas.

Também na terça-feira, o número de pessoas internadas por causa da Covid-19 no país voltou a cair após três dias de aumento. Foram registrados 11.532 novos casos e 790 mortes.

O Globo

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