Bolsonaro aglomera multidão sem máscara na Ceagesp

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Foto: Marina Pinhoni/G1

Centenas de pessoas vestidas de verde, azul e amarelo se aglomeraram – muitas delas sem máscara – para participar da inauguração da Torre do Relógio da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

O presidente afirmou que não vai deixar que “ratos sucateiem” e “privatizem” o entreposto, em referência a projeto do governo estadual que tenta transferir a administração da Ceagesp para empresas privadas (leia mais abaixo).

Na semana passada, o presidente da Ceagesp, coronel da reserva da PM de São Paulo Ricardo Mello Araújo, enviou um convite a permissionários, funcionários, políticos e autoridades paulistas para que usassem as cores da bandeira brasileira durante a visita do presidente ao entreposto nesta terça, o que foi atendido por parte do público.

“Neste dia, use camisa ou camiseta com as cores da Bandeira Nacional: verde, amarelo, azul ou branco”, diz a mensagem de Araújo. Em nota, a Ceagesp afirmou na ocasião que a intenção do convite era de “representação da força” da entidade.

Do lado de fora da Ceagesp, um grupo de manifestantes contrários a Bolsonaro pediam “vacina já”. Um dos manifestante que estava na entrada do entreposto passou pelos apoiadores do presidente gritando “gado” e foi hostilizado. Ele foi retirado por policiais.

A Ceagesp é a maior central de abastecimento de frutas e verduras da América Latina e é administrada por uma empresa pública federal vinculada ao Ministério da Economia. No entanto, o governo estadual quer que o entreposto seja administrado por empresas privadas em outro endereço.

O entreposto ocupa uma área de 60 mil metros quadrados na Vila Leopoldina, uma região que teve alta valorização imobiliária nos últimos anos. A região também sofre com alagamentos e é alvo de reclamações de moradores de prédios, que se incomodam com o intenso trânsito de caminhões na área.

Em 2019, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o então secretário especial de Desestatização do governo Bolsonaro, Salim Mattar, assinaram um acordo para fechar a Ceagesp e transferir o entreposto para outro endereço, que seria construído e administrado por empresas privadas em um terreno às margens do Rodoanel Mário Covas.

A promessa de Doria é entregar a nova sede da Ceagesp até 2024. O governo do estado de São Paulo diz que mantém as tratativas para viabilizar o novo projeto de mudança da Ceagesp, alinhadas com o governo federal.

Durante a inauguração, Bolsonaro, sem máscara e com uma criança fardada no colo, disse que está “desratizando o Brasil” e não vai deixar que a Ceagesp seja privatizada. “Aqui era um ninho de rato. Aqui tem que começar com trabalho de polícia. Porque tem muito bandido aqui dentro”, disse.

“A Ceagesp aqui uma mudança, é um novo paradigma e aqui, quando se fala em privatização eu quero deixar bem claro. Enquanto eu for o presidente da República essa é a casa de vocês. Nenhum rato vai sucatear isso aqui pra privatizar pros seus amigos, não tem espaço pra isso aqui. Deixo bem claro”, completou.

Ex-comandante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) da PM, Ricardo Mello Araújo, de 49 anos, foi nomeado por Bolsonaro para o cargo na Ceagesp em outubro. A nomeação ocorreu em meio a discussões sobre a transferência do entreposto para outro endereço.

Nas redes sociais, Bolsonaro pediu, na época, apoio dos caminhoneiros e permissionários ao novo chefe do entreposto.

O coronel se aposentou em 2019. Em um vídeo dirigido aos funcionários da companhia, Mello Araújo lembrou sua trajetória na Polícia Militar e falou que vai “combater o crime” também na Ceagesp.

“Vamos combater fortemente a corrupção. Não aceito e não sou omisso. Como falei: eu vou atrás. A Ceagesp vai vencer. Vai dar lucro. Vai estar à altura que merece, que os antepassados construíram ao longo dos anos”, afirmou quando foi empossado.

G1 

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