Bolsonaro volta a fazer discurso dúbio a militares

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Foto: Marcos Corrêa/PR

Ao discursar durante solenidade de formatura de cadetes na Academia da Força Aérea, em Pirassununga, interior de São Paulo, na manhã desta sexta-feira, 4, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez referência a “maus brasileiros” que querem “roubar nossa liberdade”. Em ambiente militar, ele voltou a lembrar também que as Forças Armadas devem lealdade ao povo brasileiro.

Sem deixar claro quem são os inimigos, o presidente recomendou aos formandos que não se preocupem apenas com a carreira militar, mas olhem para supostos perigos que estão ao redor. “Se preocupem, sim, com tudo ao seu redor. Se esmerem cada vez mais no profissionalismo, no bem servir à tua Pátria e, mais do que bem servir à Pátria, se preocupar com tudo, porque não falta sempre alguns maus brasileiros que querem roubar aquilo que é de mais sagrado que existe entre nós, a nossa liberdade.”

Bolsonaro participou da solenidade de formatura de 138 aspirantes da Aeronáutica. Durante quatro anos, os jovens cadetes receberam instruções militares em formação básica. Com a formatura, eles passam a ser considerados “aspirantes aviadores” e seguem para especialização em diversas áreas da Força Aérea Brasileira (FAB).

Como já havia dito há uma semana, quando acompanhou a formatura de alunos da Escola de Especialistas da Aeronáutica, em Guaratinguetá, também no interior, ele disse que os militares devem lealdade ao povo. “Momentos difíceis os nossos povos já enfrentaram no passado e as Forças Armadas sempre estiveram ao seu lado e garantiram o que é mais sagrado em qualquer povo, a sua liberdade, a sua possibilidade de decidir seu futuro.”

O presidente lembrou seu passado militar, recordando que há 43 anos recebeu sua espada de aspirante. “Confesso, muitas das decisões que hoje tomo em grande parte vêm de passagens que tive ao longo da minha vida, não só de academia militar, mas como da vida de aspirante, tenente e capitão do exército brasileiro.”

Antes do discurso do presidente, o comandante da Aeronáutica, Antônio Carlos Moretti Bermudez, lembrou que, em 2020, a FAB tinha sido convocada para importantes missões em defesa do povo brasileiro, como a guerra contra a covid-19, o combate ao desmatamento e a defesa dos povos indígenas da Amazônia e o combate aos incêndios na Amazônia e no Pantanal.

Bolsonaro esteve no evento na companhia do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, ministro chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, e do ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, todos militares. Os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Coronel Tadeu (PSL-SP) e Marco Feliciano (PSC-SP), faziam parte da comitiva.

Como tem se repetido em outros eventos oficiais, Bolsonaro e integrantes de sua comitiva não usaram máscaras em nenhum momento. O uso do protetor facial é obrigatório por lei no Estado de São Paulo como prevenção ao coronavírus. Os formandos também estavam sem máscara e, embora mantivessem distância durante a cerimônia, se aglomeraram ao celebrar a formatura com familiares e o presidente. Bolsonaro saiu sem falar com a imprensa. Ele seguiu para Salvador, para participar de uma convenção estadual das igrejas evangélicas Assembleia de Deus.

Estadão 

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