Dez frases marcantes que definem Clarice Lispector
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Clarice Lispector foi uma exímia frasista. Construiu máximas curtas sobre a subjetividade humana numa quantidade quase sem paralelos na literatura brasileira —algo que ajudou a disseminar sua obra, mas colaborou também para que alguns críticos torcessem o nariz para ela.
Veja abaixo uma seleção de dez frases marcantes escritas ou ditas pela centenária Clarice ao longo de sua vida.
“Continuo sempre me inaugurando, abrindo e fechando círculos de vida, jogando-os de lado, murchos, cheios de passado.”
“Perto do Coração Selvagem”
“Escrever sempre me foi difícil, embora tivesse partido do que se chama vocação. Vocação é diferente de talento. Pode-se ter vocação e não ter talento, isto é, pode-se ser chamado e não saber como ir.”
“A Descoberta do Mundo”
“Quem já não se perguntou: sou um monstro ou isto é ser uma pessoa?”
“A Hora da Estrela”
“Escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida.”
“Um Sopro de Vida”
“Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.”
“Água Viva”
“A loucura é vizinha da mais cruel sensatez.”
“Aprendendo a Viver”
“Mas existe um grande, o maior obstáculo para eu ir adiante: eu mesma. Tenho sido a maior dificuldade no meu caminho. É com enorme esforço que consigo me sobrepor a mim mesma.”
“Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres”
“Não muda nada. Escrevo sem esperança de que alguma coisa que eu escreva possa mudar o que quer que seja. Não muda nada.”
Entrevista ao programa “Panorama”
“Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.”
“Perto do Coração Selvagem”
“Escrevo simplesmente. Como quem vive. Por isso todas as vezes que fui tentada a deixar de escrever, não consegui. Não tenho vocação para o suicídio.”
Depoimento em “Clarice Lispector – Esboço para um Possível Retrato”, de Olga Borelli
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