Morra de inveja do ministro da Saúde inglês
Foto: DOMINIC LIPINSKI / AFP
O Reino Unido inicia nesta terça-feira (8) a maior e mais complexa vacinação da história. O país foi o primeiro do mundo a autorizar o uso emergencial da vacina contra o coronavírus fabricada pela farmacêutica americana Pfizer em parceria com o laboratório alemão BioNTech. Para o chefe do sistema de saúde inglês, a campanha é a “virada na batalha” contra a doença.
“As primeiras vacinações marcarão um ponto de virada decisivo na batalha contra o coronavírus. Hospitais e farmacêuticas, conforme mais vacinas se tornem disponíveis no mercado, devem vacinar pelo menos até a próxima primavera”, afirmou Simon Stevens, do Sistema Nacional de Saúde (NHS na sigla em inglês), alertando para que as pessoas sejam “cuidadosas” nesse período.
“Será uma maratona e não uma corrida. Levaremos meses para vacinar todos que precisam”, complementou o professor Stephen Powis, diretor médico do NHS, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.
Nessa primeira fase, serão vacinados os cidadãos residentes da Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales que façam parte do grupo prioritário com maior risco de se contaminar pelo coronavírus definido pelo governo. Segundo o site do NSH, a vacina será oferecida para pessoas com 80 anos ou mais que já tenham uma consulta agendada nos hospitais nas próximas semanas, residentes em lares de idosos e profissionais de saúde que trabalham nesses lares.
A ordem de distribuição foi baseada na recomendação do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI). Profissionais do NHS não serão os primeiros da fila a receberem a vacina, o que gerou críticas da Associação Médica Britânica. A equipe trabalhou durante o final de semana para preparar clínicas de imunização e compilar as listas de quem deveria ser convidado a se vacinar primeiro. Eles reforçam que avisarão as pessoas quando chegar a sua vez de tomar a vacina e pedem que não entrem em contato com o NHS antes disso. Idosos de lares da Escócia devem começar a receber as primeiras doses em 14 de dezembro.
Ao todo, o Reino Unido comprou 40 milhões de doses da vacina fabricada pela Pfizer/BioNTech – quantidade suficiente para imunizar 20 milhões de pessoas, já que cada uma precisará receber duas doses da vacina num intervalo de 21 dias. A primeira entrega, com 800 mil doses, ocorreu neste final de semana e até o final deste ano o Reino Unido espera receber até quatro milhões de doses. O restante chegará apenas em 2021.
A população total do Reino Unido é de 66,5 milhões de habitantes e a expectativa é que ocorra em breve a autorização para o uso de outras vacinas, entre elas a britânica AstraZeneca/Oxford, que está na fase 3 da pesquisa clínica e vai passar por um novo teste que não estava previsto no cronograma, após a empresa admitir um erro na dosagem da vacina, o que pode ter atrapalhado a avaliação dos resultados de eficácia.
A velocidade para a aprovação emergencial para uso da vacina da Pfizer pelo Reino Unido recebeu críticas da EMEA (agência europeia reguladora de medicamentos) e também dos Estados Unidos. Matt Hancock, secretário de Saúde do país, rebateu as críticas e afirmou que a aprovação rápida do uso emergencial da vacina foi uma vitória do Brexit. “Foi por causa do Brexit que conseguimos fazer isso”, disse ele em entrevista à Times Radio, uma rádio britânica.
June Raine, diretora-executiva da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) – a agência equivalente à Anvisa no Brasil responsável pela autorização emergencial da vacina – também rebateu as críticas e afirmou que a vacina é segura. “Eu realmente gostaria de enfatizar que os mais altos padrões de segurança, eficácia e qualidade foram atendidos, segundo os padrões internacionais. E assim deve haver verdadeira confiança no rigor da nossa aprovação”, disse Raine em entrevista ao The Guardian.
Ao todo, 50 hospitais foram escolhidos para serem centros de distribuição do imunizante, mas ainda assim os obstáculos logísticos são grandes. A vacina precisa ficar armazenada ultracongelada em temperatura média entre -70 e -75 graus em embalagens que não podem ser facilmente divididas em pequenos lotes para serem levados aos lares de idosos. As doses duram apenas cinco dias na geladeira convencional.
Raine disse que autorizou um método de divisão das embalagens que deve ser feito com cuidado para evitar desperdício ou perda de doses. “Aprovamos como a vacina pode ser colocada em embalagens pequenas, mas o que estamos fazendo é aconselhar e orientar sobre como isso deve ser feito com cuidado”, disse ela à Andrew Marr, da BBC. “Nosso objetivo é garantir que a vacina chegue às pessoas residentes em asilos com a maior segurança possível.”
O Reino Unido é um dos países da Europa mais castigados pela pandemia. No domingo (6), foram registrados 17.272 novos casos de Covid-19 e 231 mortes, elevando o número de óbitos para 61.245.
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