Os grandes doadores de Covas
Foto: Reprodução/ Wikipédia
Bilionários ou donos de grandes fortunas que figuram na lista dos maiores doadores de campanhas eleitorais deste ano ajudaram a eleger pelo menos 19 prefeitos pelo país. A maioria dos eleitos são de cidades do interior das regiões Sul e Sudeste e a maioria de partidos de centro.
Nas capitais, Bruno Covas (PSDB), em São Paulo; Rafael Greca (DEM), em Curitiba; Sebastião Melo (MDB), em Porto Alegre; e José Sarto (PDT), em Fortaleza, foram os únicos eleitos com apoio financeiro desse grupo.
Os dados fazem parte de um levantamento feito pelo Valor com base na lista dos 100 maiores doadores das campanhas deste ano divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no site divulgacandcontas.tse.jus.br/.
A lista do TSE inclui quem doou no mínimo R$ 250 mil. As informações ainda são preliminares. Mais balanços financeiros devem ser divulgados.
O levantamento considerou as campanhas a prefeito que foram parcialmente custeadas por Rubens Ometto (Cosan); pelos irmãos Salim e Eugênio Mattar (Localiza); Pedro de Godoy Bueno, filho e herdeiro do fundador da Amil; Rafael Menin, presidente da construtora MRV; Beatriz Sawaya Botelho Bracher, filha do banqueiro Fernão Bracher, falecido em 2019; o banqueiro Ricardo Annes Guimarães, do BMG; os irmãos Pedro e Alexandre Grendene Bartelle (fundadores da Grendene); Carlos e Pedro Jereissati (Iguatemi); José Isaac Peres (Multiplan) e por Elie Horn (fundador do grupo Cyrela).
Entre os eleitos, Covas foi que mais recebeu. Um total de R$ 600 mil de Horn, Ometto e dos Jereissati. O valor é uma fração do total levantado pela campanha do prefeito, R$ 20,3 milhões.
Outro tucano, Duarte Nogueira, reeleito em Ribeirão Preto, recebeu R$ 400 mil de Ometto, Isaac Peres e dos Jereissati. Eleito em Campinas, Dário Saadi (Republicanos) obteve um total de R$ 200 mil de Ometto e dos Jereissati.
No Sul, Greca e Melo receberam doações mais modestas de alguns desses integrantes do clube do bilhão: de R$ 40 mil a R$ 80 mil. No Nordeste, os irmãos Grendene foram mais generosos e deram R$ 400 mil para eleger Sarto em Fortaleza e R$ 300 mil para eleger Ivo Gomes em Sobral. Manoel Farias recebeu R$ 60 mil para se eleger em Horizonte. Os três no Ceará e os três do PDT.
Os grandes e aquinhoados doadores listados no levantamento do Valor elegeram cinco prefeitos do PSDB, três do PDT, dois do MDB, dois do PP e um do PSD, PL, Republicanos, Podemos, DEM e Novo. E ainda um único nome da esquerda, o petista Edinho Silva, de Araraquara (SP). Rubens Ometto deu a ele R$ 50 mil. Mas se conseguiu que alguns de seus candidatos fossem eleitos, os grandes doadores super ricos também fizeram diversas apostas que não vingaram.
Ajudaram a financiar campanhas de 43 candidatos a prefeito que não se elegeram. Rubens Ometto, que ocupa o topo do ranking dos grandes empresários-doadores deste ano, gastou R$ 500 mil com campanhas vitoriosas de prefeito e R$ 600 mil com candidatos a que acabaram derrotados. Dois de seus apoiados derrotados foram Mendonça Filho (DEM) no Recife, e Ângela Amim (P), em Florianópolis.
O saldo foi ainda pior para os irmãos Salim e Eugênio Mattar (Localiza). Salim aportou R$ 30 mil nas campanhas de três prefeitos que foram eleitos – Adriana Silva (Novo), em Joinville; Luís Falcão (Podemos) em Patos de Minas (MG); e Luiz Paulo Guimarães (PP), em Curvelo (MG). E gastou R$ 275 mil na de outros cinco que não foram eleitos. Eugênio deu R$ 1 milhão para um único candidato a prefeito, que não chegou nem perto de se eleger, Rodrigo de Paiva (Novo), em Belo Horizonte.
Pedro de Godoy Bueno também tentou eleger nomes do Novo. Gastou R$ 225 mil com as campanhas de 13 candidatos a prefeito em cidades do interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Nenhum deles foi eleito.
Bueno ajudou a emplacar três prefeitos no interior de Minas – Patos de Minas, Curvelo e Capitólio – com um total de R$ 30 mil em doações.
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