PIB deve cair 4,4% em 2020

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Foto: Reprodução

O Banco Central (BC) revisou sua estimativa para o tombo da economia brasileira em 2020 e passou a prever uma queda de 4,4% no Produto Interno Bruto (PIB). A previsão está no relatório de inflação divulgado nesta quinta-feira (17).

A expectativa anterior da instituição foi divulgada em setembro e era de uma queda maior do nível de atividade neste ano, da ordem de 5%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos no país, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.

O BC avaliou que a recuperação econômica mundial continua dependente da evolução da Covid-19 e que a “ressurgência da pandemia em algumas das principais economias tem revertido os ganhos na mobilidade e deverá afetar a atividade econômica no curto prazo, após a recuperação parcial ocorrida ao longo do terceiro trimestre”.

“No entanto, os resultados promissores nos testes das vacinas tendem a trazer melhora da confiança e normalização da atividade no médio prazo”, acrescentou o BC.
O BC ponderou que a incerteza sobre o ritmo de crescimento da economia “permanece acima da usual, sobretudo para o período a partir do final deste ano, concomitantemente ao esperado arrefecimento dos efeitos dos auxílios emergenciais”.

O Banco Central também baixou sua expectativa de crescimento da economia brasileira no que vem, de 3,9% para 3,8%. A instituição informou que essa estimativa está condicionada ao “arrefecimento gradual da crise sanitária”, à manutenção do ajuste nas contas públicas e à continuidade das reformas.

As revisões para o PIB foram feitas em meio à pandemia do coronavírus, que interrompeu, temporariamente, a atividade econômica e gerou recessão no país. Nos últimos meses, porém, indicadores mostram uma retomada da produção e das vendas, e os números oficiais confirmaram a saída do cenário recessivo.

Em novembro, o governo brasileiro baixou de 4,7% para 4,5% sua previsão para a retração do PIB em 2020.

Para o mercado financeiro, a economia terá uma contração de 4,41% neste ano e uma alta de 3,50% em 2021.

O Banco Mundial prevê uma queda de 5,4% no PIB brasileiro e o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima um tombo de 5,8% em 2020.

Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos.

O BC também informou que a sua estimativa de inflação para 2020, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), subiu de 2,1% (em setembro deste ano) para 4,3%. A previsão considera a trajetória estimada pelo mercado financeiro para a taxa de juros e de câmbio neste ano e no próximo.

A previsão do BC está acima da meta central de inflação, de 4%, mas dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo (o IPCA oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja descumprida).

De acordo com o BC, os últimos resultados da inflação foram acima do esperado e, em dezembro, apesar do arrefecimento previsto para os preços dos alimentos, a taxa ainda deve ficar elevada. Entretanto, o banco acrescenta que há indicadores que sugerem um “caráter temporário” para essa alta de preços.

Para 2021 e 2022, no cenário de mercado (Selic e câmbio projetados pelos bancos), o Banco Central projetou uma inflação de 3,4% para os os dois anos. Em setembro, a instituição estimava uma inflação de 2,9% para 2021 e de 3,3% para 2022.

No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%. Em 2022, o objetivo central é de 3,5%, com um piso de 2% e um teto de 5% por conta do intervalo de tolerância existente.

Quando as estimativas para a inflação estão em linha ou abaixo das as metas, o BC pode reduzir os juros. Quando previsões estão acima da trajetória esperada, a taxa Selic é elevada. Se a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.

Os economistas do mercado financeiro estimam que a taxa básica de juros permanecerá no atual patamar de 2% ao ano, a mínima histórica, até agosto de 2021 — quando subiria para 2,25% ao ano. Para o fim do próximo ano, a previsão dos analistas é de juros em 2,75% ao ano.

Nesta semana, por meio da ata do Copom, o BC mudou a comunicação sobre o chamado “forward guidance”, mecanismo que impede aumento do juro básico da economia se determinadas condições fossem atendidas, e, com isso, passou a indicar que a taxa Selic pode voltar a subir no futuro.

G1 

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