PM do DF usa truculência contra manifestação pela paz
Foto: Reprodução/Rio de Paz
A PM de Brasília impediu o Rio de Paz, no meio dessa madrugada, de montar a manifestação contra o fim do auxílio emergencial, dado a 40 milhões de brasileiros desempregados, na Esplanada dos Ministérios. A ONG estava montando um cenário de favela, quando a policia militar chegou e exigiu que desmontassem a instalação, caso contrário eles apreenderiam todo o material. O pastor Antonio Carlos, líder do movimento pacífico, diz que é uma ameaça à democracia:
– Quando chegamos, às 2h, começamos, juntos a egressos do sistema e voluntários, a montar os barracos em frente ao Congresso Nacional. A polícia do Senado ligou as luzes da Casa para nos ajudar a montar a instalação. A PM chegou às 3h30, de forma agressiva, mandando tirar tudo. Caso contrário, eles mesmos tirariam. Estamos enfrentando um retrocesso na nossa liberdade democrática.”, diz Antônio Carlos.
Quando a imprensa chegou, os manifestantes levantaram os barracos com as mãos : “A PM que estava falando grosso, ficou mansa. Conseguimos colocar a mesa e os pratos vazios com balas de fuzil. Mas os barracos, a PM determinou que segurássemos com as mãos. Passamos o dia de ontem na favela Santa Luzia, a 13 quilômetros do Palácio do Planalto, com moradores vivendo em condições de miserabilidade. Queremos que o estado policial dê lugar ao estado da educação e da saúde pública. Sem o auxílio, essas pessoas desempregadas vão morrer de fome”.
Relato pessoal:
Enquanto estávamos conversando com o pastor Antonio Carlos pelo telefone, há 10m, já sem imprensa, escutamos um PM mandando que a ONG tirasse imediatamente o material: “Se não retirarem, a policia vai recolher tudo”. O pastor, então, decidiu sentar no gramado e esperar a PM.
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