Baleia propõe volta do auxílio emergencial
Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo
No lançamento da sua candidatura à Presidência da Câmara, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) defendeu a expansão do programa Bolsa Família, ou a retomada do pagamento do auxílio emergencial para socorrer a população mais vulnerável, alegando que a pandemia não acabou, e ressaltou que as votações sobre essa matéria deveriam ocorrer neste mês.
Enquanto o emedebista discursava em Brasília, seu adversário, o líder do PP, Arthur Lira (AL), cumpria o roteiro de viagens na Região Norte: ontem visitou Roraima e Amazonas. Hoje estará no Acre e em Rondônia.
Ao lado do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), seu principal cabo eleitoral, Baleia Rossi alertou que milhões de brasileiros deixarão de receber neste mês o auxílio emergencial, e voltarão a ter grandes dificuldades para levar alimento à mesa.
“Ou aumenta o Bolsa Família, ou se busca um novo auxilio para os mais vulneráveis”, exortou. “Estamos a postos para votar em janeiro qualquer medida necessária ao combate à pandemia”.
O postulante do MDB destacou a relevância do papel da Câmara que elevou o benefício para R$ 600, quando a proposta enviada ao Legislativo pelo governo era de uma ajuda de R$ 200.
Autor da proposta de reforma tributária, o emedebista ponderou que o debate sobre a retomada do auxílio emergencial deve ser feito no contexto da “responsabilidade fiscal” e da condução das reformas relevantes para o país.
Tendo ao seu lado no palanque o relator da reforma tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Baleia lembrou que a proposta “está pronta para votação” na Casa.
Baleia argumentou que o socorro à população mais pobre faz parte do projeto de retomada do desenvolvimento. “Precisamos de projetos para o país, para a economia se desenvolver. Os objetivos são comuns: geração de emprego e renda, diminuir as desigualdades e o desemprego”.
No esforço de se contrapor a Lira, que tem o apoio do presidente Jair Bolsonaro, Baleia investiu na defesa de uma Câmara autônoma e independente. “Nenhum município, nenhum Estado pagaria a folha [dos funcionários] e manteria os serviços essenciais se não fosse o trabalho da Câmara livre e independente”, afirmou. “Se a Câmara for submissa, ela não fiscaliza o Executivo”, ressaltou.
Além de Maia e Aguinaldo, líderes da maioria dos 11 partidos que formam o bloco de sustentação de sua candidatura prestigiaram o ato. Mas chamou a atenção a ausência de representantes do PT, maior bancada do grupo.
Para acalmar os ânimos, o líder da minoria e integrante da Executiva do PT, deputado José Guimarães (CE), foi à rede social esclarecer a ausência de petistas no evento de Baleia.
“Meus queridos e queridas do bloco de apoio ao Baleia Rossi, tinha um voo hoje cedo, foi cancelado e o próximo era 17 hs. Ficando impossibilitado de participar desse momento alto de lançamento do nosso candidato à presidência da câmara. Não é nenhum problema político. Firmes aqui”, explicou Guimarães.
Ao fim do discurso, Baleia conclamou a união dos parlamentares para cobrarem do governo “vacina universal, gratuita e para todos”. E encerrou a fala com o “slogan” da campanha: “contem comigo para uma Câmara livre e uma democracia viva”.
Assim como Lira, Baleia começa a visitar as bancadas nos Estados na sexta-feira. O ponto de partida é o Piauí, governado pelo petista Wellington Dias. Na próxima semana, já tem compromisso no Ceará, outro Estado governado por um petista, Camilo Santana.
Enquanto Baleia desbrava o Nordeste, Arthur Lira completa o périplo pelos Estados do Norte. Hoje ele almoça em Rio Branco com deputados e o governador do Acre, Gladson Cameli, que é seu correligionário. Depois janta em Porto Velho com a bancada de Rondônia.
Ontem Lira foi a Boa Vista, onde se reuniu com deputados, e com o governador Antônio Denarium, aliado de Bolsonaro. Depois, estava previsto jantar com o prefeito de Manaus, David Almeida, e o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), que enfrentam um repique da pandemia, com UTIs lotadas na rede pública e privada.
Denarium afirmou que Lira se comprometeu a dar andamento aos projetos de lei que são do interesse do estado, como as propostas que tratam da exploração de gás natural na região, da regularização fundiária na Amazônia, além de itens da agenda econômica como a reforma tributária e o pacto federativo.
“Eu o senti muito confiante, tranquilo e sereno. Acredito que será eleito presidente da Câmara”, disse Denarium.
Reservadamente, parlamentares de Roraima acreditam que Lira já consolidou as dissidências possíveis e conta com quase a totalidade dos votos da bancada.
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