Bolsonaro mente sobre estar impedido de agir em Manaus

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Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino

O presidente Jair Bolsonaro rebateu nesta sexta-feira críticas feitas a ele pelo governador João Doria, que o chamou de facínora e o responsabilizou pelo caos da Saúde em Manaus. Em entrevista ao programa Brasil Urgente, da Band, Bolsonaro também questionou a “moral” que Doria e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), teriam para pedir o seu impeachment. “Só Deus me tira daqui, não existe nada de concreto contra mim. Na mão grande não vão me tirar”, afirmou.

“Qual moral têm João Doria e Rodrigo Maia de falar em impeachment, se eu fui impedido pelo STF de tomar qualquer medida contra o coronavírus?”

Por diversas vezes, Bolsonaro repetiu na entrevista a informação falsa de que o Supremo Tribunal Federal o impediu de agir para conter a pandemia.

Na realidade, a decisão proferida no ano passado pelo Supremo determina que governadores e prefeitos têm autonomia para fazer seus planos de combate ao coronavírus, com medidas como o fechamento do comércio.

O STF, porém, entendeu que o governo federal também pode adotar medidas de abrangência nacional. Essas medidas, porém, não poderiam interferir em ações locais, como quarentenas determinadas por prefeituras ou governos estaduais.

Mais tarde, em entrevista à rádio Jovem Pan, Bolsonaro afirmou que o governo federal não pode continuar pagando auxílio emergencial. “Se voltar o auxílio emergencial, o juro vai subir”, afirmou. O pagamento das parcelas foi encerrado em dezembro.

Ele voltou a defender a retomada da economia e a criticar os pedidos de isolamento. “Se voltarmos a ficar em casa, vai ser um caos no Brasil”, afirmou.

Questionado sobre a agenda econômica do governo, ele disse contar com a eleição do deputado Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara para conseguir dar andamento às votações de interesse do governo na economia e no campo de costumes. As eleições na Câmara e no Senado vão ocorrer em fevereiro.

Na área econômica ele mencionou o interesse de retomar a agenda de desestatização. “Peso das estatais é muito grande”, disse, que citou os Correios entre os exemplos do que defende privatizar.

Sobre a situação de Manaus, que vive uma situação caótica de saúde pública em função de aumento de casos de covid-19, falta de leitos de UTI e de oxigênio para os pacientes, ele repetiu que “fez o que era possível” por Manaus, que vive uma situação caótica de saúde pública em função de aumento de casos de covid-19, falta de leitos de UTI e de oxigênio para os pacientes.

“O [ministro da Saúde, Eduardo] Pazuello foi para lá, ficou três dias e tomou todas as providências, apesar de eu estar impedido pelo Supremo de tomar medidas”, afirmou voltando a recorrer a uma informação falsa. Ele atribuiu ainda ao aumento da temperatura na capital do Amazonas a explosão de casos da doença em Manaus.

E voltou a atacar Doria. “Querem me acusar de genocida, facínora, isso é discurso de quem não tem discurso”, reagiu.

Ele disse que o governo enviou para a capital amazonense cilindros de oxigênio, hospital de campanha e médicos militares, providenciou transporte de pacientes para hospitais federais próximos a Manaus.

Também voltou a dizer que o ministro da Saúde recomendou o tratamento precoce contra a covid-19, com medicamentos ainda não comprovados cientificamente, como hidroxicloroquina. “Não tem comprovação científica, mas também não tem efeitos colaterais, como as vacinas”, defendeu-se Bolsonaro. Isso é outra informação falsa, a hidroxicloroquina pode ter efeitos colaterais. entre eles distúrbios de visão, problemas cadiovasculares, cefaleia e irritação gastrointestinal.

Ele ainda alfinetou as autoridades amazonenses. “É surpreendente chegar lá e ver o estado de saúde complicado. Não ouvi até agora nenhum pronunciamento dos secretários do Estado de Saúde nem o municipal de Manaus.”

Bolsonaro informou ainda que conversou com o embaixador de Israel no Brasil pedindo ajuda no envio de cilindros de oxigênio para envio a Manaus.

Valor Econômico 

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