Conselho de Medicina investiga “kit cloroquina”

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Foto: MATERIAL CEDIDO AO METRÓPOLES

O Conselho Regional de Medicina do DF (CRM-DF) instaurou sindicância para apurar denúncia de médicos do Hospital da Força Aérea Brasileira (HFAB) que teriam sofrido pressão, coação e represálias para que a hidroxicloroquina seja receitada a pacientes com Covid-19 na unidade de saúde da Aeronáutica instalada no Lago Sul.

Após denúncia feita pelo Metrópoles, o conselho vai instruir um processo ético profissional a fim de investigar se houve infração ética. O primeiro a ser ouvido será o diretor-técnico do HFAB. Ele será notificado para esclarecer por quê da criação do kit cloroquina e se houve obrigatoriedade do uso do medicamento. Um remédio só deve ser prescrito ao paciente se o médico que o atendeu entender que o protocolo é correto.

O processo corre em sigilo. Por isso, o CRM não pode comentar os detalhes. No entanto, o corregedor do CRM, Cristofer Martins, explicou à reportagem quais são os trâmites de qualquer sindicância aberta pela entidade. “A gente não comenta casos concretos, mas podemos falar sobre iniciativas tomadas todas as vezes que temos conhecimento de uma reportagem. As medidas de apuração são tomadas em todos os casos onde há fundadas suspeitas de haver infração ética”, afirmou.

Os médicos também podem fazer a denúncia anônima diretamente para a instituição. Mesmo trabalhando na FAB, todo o médico que tem CRM precisa seguir as regras do conselho.

Nessa terça-feira (19/1), o Metrópoles publicou reportagem na qual profissionais denunciaram que o diretor de Saúde da Aeronáutica emitiu um comunicado instruindo que seja receitado aos contaminados com Covid-19 um “kit cloroquina”. O medicamento, comprado pelo governo federal, vem em saquinhos, em doses certas para o tratamento de cinco dias.

A Nota Informativa nº 17/2020, assinada pelo diretor, coloca como opção para o paciente o uso do medicamento. Porém, os médicos relataram à reportagem que todas as recusas em usar o remédio foram punidas com retaliações como transferências e mudanças de horário.

A circular (veja na galeria) determina que o “kit” tenha Sulfato de Hidroxicloroquina 400 mg comprimido. Por isso, aqueles que se recusaram a fazer a prescrição horizontal foram punidos.

“A ordem é passar para todos os pacientes que solicitarem. Porém, quem não passa sofre retaliação. Mudam de horário, são retirados da triagem de Covid. A pressão está grande”, disse um dos médicos ao Metrópoles.

“Nem sei expressar o tamanho da humilhação”, diz outro profissional que atua na linha de frente do combate à Covid-19 no HFAB.

Por meio de nota, o Ministério da Defesa (MD) e a Força Aérea Brasileira (FAB) disseram que “todos os hospitais militares têm realizado esforços no combate ao coronavírus desde que foram reportados os primeiros casos no Brasil. Dessa forma, a readequação de funções e horários de atividades foram implementados de forma a minimizar os impactos da intensificação de atendimentos desde o início da pandemia”, diz o documento.

Além disso, na nota conjunta, o MD e a FAB negaram “punição ou retaliação às decisões tomadas pelos médicos no que diz respeito à prescrição ou não da citada medicação (cloroquina). “A escolha da prescrição de medicamento é inerente à atividade do médico assistente e ocorre mediante o consentimento livre e esclarecido, sendo o paciente monitorado continuamente durante o tratamento. O MD reitera que não indica medicamentos ou interfere na adoção de condutas por parte dos profissionais de saúde”, reiteraram.

Além disso, o ministério e a FAB informaram seguir as diretrizes do Ministério da Saúde (MS) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quanto à prevenção, à testagem e às respostas médicas relacionadas à Covid-19. “Os pacientes com suspeita de exposição ao novo coronavírus ou com quaisquer sinais da doença, por mais leves que sejam, são direcionados ao isolamento e recebem o tratamento preconizado pelo MS”, informaram, ainda, por meio de nota.

Metrópoles

 

 

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