Doria e Covas não atuam contra enchentes na capital

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Foto: Roberto Casimiro / Agência O Globo

A chegada da temporada de chuvas em São Paulo acendeu a luz amarela para os investimentos na proteção contra enchentes. Para minimizar o impacto de temporais, que já atingiram a capital paulista nos primeiros dias de 2021, uma das principais apostas da prefeitura têm sido a construção de piscinões, cujas obras sofrem com atrasos.

Levantamento do GLOBO aponta que até agora, a prefeitura está longe de cumprir a meta de entrega de 21 a 30 piscinões prometidos no início da gestão de João Doria e Bruno Covas (PSDB). Desde 2017, foram entregues 14 reservatórios, sendo três entre 2017 e 2018, cinco em 2019 e mais seis no ano passado. Neste ano, a prefeitura estima entregar mais três. Ao todo, essas obras consumiram R$ 408 milhões nos últimos quatro anos.

A gestão Covas afirma que a pandemia da Covid-19 reduziu a produção de aço das siderúrgicas, o que impactou a construção civil e levou a atrasos nas obras de piscinões como o de Paciência, na Zona Norte da capital paulista. A entrega era prevista para dezembro e o novo prazo agora é para o final deste mês.

Antes da pandemia, porém, ainda em 2019, a prefeitura não havia usado toda a verba prevista no orçamento para obras relacionadas a enchentes. Em dezembro de 2019, o relatório final do Comitê de Chuvas e Enchentes da Câmara Municipal apontava que, de um total de R$ 740,6 milhões previstos no orçamento, somente cerca de R$ 166 milhões haviam sido liquidados pela gestão municipal.

O documento alerta que é “imprescindível haver previsão orçamentária e programação financeira que permita a contratação de serviços ou de projetos e início de obras antes do período provável de chuvas”.

Enquanto as obras andam em ritmo mais lento do que o previsto, as fortes chuvas seguem provocando situações de risco e tragédias. No dia 1º de janeiro, a cidade foi atingida por um temporal que transbordou ao menos três córregos, em bairros das zonas Sul, Leste e Norte, e deixaram a capital em estado de atenção. O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) também emitiu alerta de risco de enchente por conta do volume de água no córrego Morro do S, na Zona Sul.

No dia 29 de dezembro, o córrego transbordou devido a outro temporal, que causou a morte de um casal de servidores públicos surpreendidos pela enxurrada. Um corpo que seria o da mulher, identificada como Rosana Correia, foi encontrado quase uma semana depois, na última terça, às margens do Rio Pinheiros. O corpo do homem, Lúcio Pereira Correia, foi encontrado no dia seguinte na região.

Ex-secretário de Meio Ambiente de São Paulo e ex-presidente do Comitê de Chuvas e Enchentes, o vereador Gilberto Natalini (PV), cobra investimentos em medidas preventivas que entende serem menos custosas para os cofres públicos:

— O piscinão é a última escolha, mas é uma obra cara e leva tempo. Há medidas mais simples que vão desde o incentivo à captação de águas das chuvas e a criação de calçadas permeáveis até a manutenção adequada de bocas-de-lobo, galerias e córregos. Infelizmente prevenção de enchentes nunca foi prioridade. Só ocorre quando acontece a calamidade — afirma Natalini, acrescentando que o fenômeno do aquecimento global tornou as chuvas mais intensas e concentradas, o que tende a agravar os riscos de inundações e mortes.

Em nota, a prefeitura de São Paulo informou que os 14 reservatórios inaugurados devem representar um aumento de 44% no número de equipamentos para contenção da água das chuvas, já que até 2017 a cidade contava com 34 reservatórios.

“Juntos, esses reservatórios podem armazenar até 1,5 milhão de metros cúbicos de água, equivalente a 661,7 piscinas olímpicas”, diz a nota.

O município disse ainda que trabalha em obras de canalização de córregos e que concluiu 10 mil metros de novas galerias, canalizações e adequação de margens nos córregos Paciência, Tremembé, Dois Irmãos, Aricanduva, Cacareco, Zavuvus, Mirassol e Alcatrazes.

O Globo

 

 

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