Governistas esperavam queda maior de Bolsonaro
A queda de popularidade de Jair Bolsonaro captada pelo Datafolha nesta sexta (22) foi uma lufada de ânimo para partidos e movimentos de oposição que têm se mobilizado pelo impeachment. O acúmulo da crise em Manaus, o imbróglio na vacinação e o fim do auxílio jogaram Bolsonaro nas cordas, avaliam, e agora é o momento de ampliar alianças e intensificar ações para derrubá-lo. Do outro lado, auxiliares do presidente tentam emplacar o discurso de que a pesquisa não foi ruim.
“Essa ação criminosa de Bolsonaro vai cobrar o preço do Congresso na abertura do impeachment”, diz Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT. “Agora é só ladeira abaixo”, diz Alessandro Molon (RJ), líder do PSB na Câmara.
A pesquisa, no entanto, mostra que 53% dos entrevistados disseram que a Câmara não deveria abrir processo de impeachment. A oposição comemora porque vê na queda de popularidade o primeiro passo para aumentar tal vontade na população.
Governistas tentam sustentar o discurso de que a pesquisa foi boa porque o aumento de rejeição não foi tão grande, diante do fato de, segundo eles, estarem no pior momento do governo. Eles falam em “apenas” 6%.