Maia teme que parte da esquerda vote no candidato de Bolsonaro
Foto: Sérgio Lima/Poder360 – 11.dez.2019
Na reta final da campanha, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, em reunião com parlamentares do Rio de Janeiro, que a maioria da oposição votará em Baleia Rossi (MDB-SP), candidato apoiado por ele para sucedê-lo, mas reforçou as preocupações com traições no PSDB e no próprio partido, o DEM.
Em encontro com deputados federais do Rio de Janeiro e com o prefeito Eduardo Paes (DEM), Maia reconheceu dificuldades em conter dissidências dentro da própria legenda e desabafou sobre a postura pouco atuante do presidente nacional do DEM, ACM Neto, na disputa pelo comando da Câmara.
Durante a conversa, ele revelou ter acionado o ex-prefeito de Salvador para lamentar pelo fato de correligionários terem feito demonstrações públicas de apoio a Arthur Lira (PP-AL), adversário de Baleia na corrida pelo principal cargo da Mesa Diretora da Casa. O líder do PP conta com o apoio formal do presidente Jair Bolsonaro.
Maia disse ainda ter compartilhado com ACM Neto uma preocupação que teria sido repassada a ele por aliados de que parlamentares do DEM estariam se rendendo a cargos e emendas oferecidos pelo Palácio do Planalto em troca de apoio ao líder do PP. Em sua avaliação, a postura dos correligionários que votarão em Lira poderiam colar no DEM a imagem de “partido da boquinha”.
Apesar do desabafo, Maia afirmou que acredita que pelo menos 21 dos 29 deputados do DEM votarão em Baleia na próxima segunda-feira.
O dirigente partidário tem se dedicado a articular pela eleição do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o lugar do atual presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Para evitar retaliações contra Pacheco, Neto tem adotado postura mais discreta na eleição da presidência da Câmara.
Na conversa com parlamentares de seu estado, Maia também admitiu estar preocupado com a votação do PSDB, mas disse que lideranças do partido, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador João Doria, estão trabalhando para garantir apoio ao emedebista.
Além da associação do nome de Lira ao nome de Bolsonaro, o presidente da Câmara também tenta colar o nome do líder do PP no ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ele minimizou o vazamento de trechos do livro escrito pelo seu antecessor, que destacam o papel de Maia no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, é uma manobra para beneficiar a candidatura de Lira e tentar roubar votos de legendas da oposição, que estão no bloco de Baleia.
Reservadamente, Maia e outros aliados de Baleia avaliam que Lira tem explorado as dissidências do bloco do emedebista a seu favor para tentar emplacar “o efeito manada”. Para eles, o líder do PP tem sido o responsável por vazar as defecções no bloco adversário para que outros deputados o apoiem na reta final.
“A ideia do grupo de Lira é emplacar o clima de já ganhou e tentar roubar mais votos do bloco de Baleia nesses últimos dias. O famoso efeito manada, que também era utilizado na era Cunha”, disse um aliado de Baleia ao Valor.
Parlamentares do grupo do emedebista também tem feito pouco caso dos cálculos do grupo de Lira, que apontam que a disputa será encerrada no primeiro turno com mais de 300 votos a favor do líder do PP. Aliados de Baleia sugerem que “quem tem tanta vantagem, joga parado”, o que, na avaliação deles, não está acontecendo no clã de Lira.
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