Podemos e PSDB podem criar 3a via no Senado

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Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O xadrez da eleição para a presidência do Senado tem uma nova bola da vez: o bloco formado por PSDB e Podemos. O grupo tem 17 senadores ao todo – sete tucanos, dez do partido de Renata Abreu – e pode ser crucial para a eleição do próximo presidente da Casa. As duas legendas têm certa proximidade, ainda não se posicionaram, mas discutem nos bastidores a possibilidade de se unirem em prol da candidatura de Simone Tebet (MDB-MS).

O impasse deve ser discutido na semana que vem, quando a bancada do Podemos vai se reunir sob o comando do senador Alvaro Dias (PR) para deliberar sobre o assunto. Segundo interlocutores, a legenda está “rachada” e teria ao menos três alas com opiniões divergentes sobre os rumos da eleição.

Alguns senadores defendem uma candidatura própria, outros propõem uma composição com a maioria para garantir espaços em comissões e uma terceira ala quer que o partido ajude a patrocinar uma candidatura emedebista que tenha Simone como cabeça de chapa. Este último filão tem o objetivo de fazer frente à candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o sucessor de Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O argumento é que, caso o MDB lance Simone, Podemos e PSDB poderiam se unir aos senadores de partidos menores, mas com pautas semelhantes, como PSL (dois senadores), Cidadania (três senadores) e PSB (uma senadora). A maioria deles pertencia a um grupo que ficou conhecido como “Muda Senado”, mas agora se identifica apenas como “independentes” porque passaram a ter rejeição na Casa.

De acordo com os cálculos, PSDB, Podemos e essas siglas menores conseguiriam entregar aproximadamente 20 votos para Simone, que se somariam aos 15 do próprio MDB. Na prática, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado teria em torno de 35 votos na largada e precisaria conquistar outros seis apoios para vencer.

Todo esse movimento depende, entretanto, da boa vontade do PSDB, que tem sido mais tímido nas discussões. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), por exemplo, tem repetido apenas que os tucanos vão defender a tradição da proporcionalidade. Isso porque, até 2019, a maior bancada tinha direito a indicar o presidente do Senado. Essa regra foi quebrada justamente a partir da eleição de Alcolumbre, que venceu mesmo sendo de um partido menor, o DEM.

Essa estratégia não funcionaria, alertam alguns parlamentares, se o MDB optar por outros nomes para encabeçar sua candidatura. É que parte significativa dos dirigentes do Podemos, o partido mais numeroso desse grupo, tem restrições ao nomes de Eduardo Braga (MDB-AM) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), que também colocaram seus nomes como pré-candidatos.

“Nós devemos reunir a bancada para uma oposição oficial por volta do dia 13 ou 14 de janeiro. Vamos conversar com esses independentes, com o PSDB e discutir entre nós para ver o que a gente pode fazer. Para saber se é possível atuar conjuntamente ou se ficaremos juntos apenas no momento da formação das comissões [após a eleição da presidência]”, explicou Alvaro Dias.

Valor Econômico 

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