Política e fanatismo religioso encurralam religião afro

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Foto: Reprodução

Os terreiros estavam otimistas quando o sociólogo Reginaldo Prandi fez a pesquisa que forraria “Os Candomblés de São Paulo”. O Brasil virava de vez a página da ditadura com uma nova Constituição, e nela a liberdade religiosa era levada a sério.

“Nos anos finais da década de 1980, o candomblé e outras religiões afrobrasileiras a muito custo já haviam se livrado da perseguição centenária sofrida por parte da polícia e de certos órgãos da imprensa”, diz o professor emérito da USP. Antes, afinal, “a religião era livre, mas candomblé e umbanda não eram considerados religião”.

Primeiro de muitos trabalhos de fôlego que Prandi faria sobre o culto aos orixás, o livro está sendo relançado agora, 30 anos após sua publicação. A Constituição continua aí, mas o candomblecistas já não se sentem tão protegidos para professar sua fé. O temor tem nome e sobrenome: bolsonarismo e ascensão evangélica.

“O governo negacionista de Jair Bolsonaro, levado pelo capitão das 100 mil, 200 mil, sabe-se lá quantas mais dezenas de mil vidas eliminadas pela Covid-19”, escreve Prandi na reedição, “não se importa com as mazelas e o roubo de direitos que afligem as mulheres, os negros, os pobres, os indígenas, os gays. […] Não liga para a degradação do meio ambiente, nem se dá ao respeito diante do desmonte da cultura, da memória e da cidadania no país. Vai se interessar por religião de preto macumbeiro?”.

Redação com Folha

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