Rio depende do MS e do Butantan para usar vacinas

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Foto: Márcia Foletto / Agência O Globo

O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, disse, nesta quinta-feira, em entrevista ao “Bom Dia Rio”, da TV Globo, que espera uma posição do Instituto Butantan e do Ministério Saúde para saber se pode usar as 230 mil doses da vacina contra a Covid-19 neste primeiro momento — imunizando, assim, o dobro de pessoas previstas. Atualmente, há uma discussão entre especialistas de que a primeira dose já teria eficácia suficiente para sustentar imunidade por mais tempo.

— Essa é uma discussão científica que está acontecendo. A gente não tem estudo suficiente para dizer se essa única dose pode sustentar essa imunidade por mais tempo. Mas a discussão hoje que acontece no Ministério da Saúde e também nos meios acadêmicos é que seria melhor aplicar a primeira dose na maioria das pessoas e esperar a segunda dose, que tem um indicativo do Instituto do Butantan de uma parte chegar ainda no final do mês de janeiro ou nas primeiras semanas de fevereiro. O que coincidiria mais ou menos com a segunda dose. Só quem pode emitir um parecer sobre isso é o Instituto Butantan. Então a gente espera que o Instituto Butantan possa se posicionar em relação a isso e o Ministério da Saúde, também a Anvisa, que define essas regras para que a gente possa tomar uma decisão. Por enquanto, são só as 115 mil doses que vão ser aplicadas — afirmou o secretário.

Soranz também comentou sobre as praias lotadas na quarta-feira, feriado de São Sebastião, e disse que mantê-las abertas abertas é uma decisão técnica:

— As decisões em relação ao que fecha e ao que abre precisam ser técnicas. A gente montou um comitê científico e a gente montou um grupo de especialistas que conduzem as ações de Covid-19 na cidade. E essas decisões ficarão a cargo da Secretaria municipal de Saúde. Em relação às praias, é importante a gente colocar claramente onde são os principais pontos de contágio que a gente está vendo pelos rastreamentos de contato. São lugares fechados, festas, aglomerações em bares.

De acordo com o secretário, “exercícios individuais na orla e a praia em momentos em que não tem aglomeração são positivos”.

— A gente precisa entender o que está acontecendo com a vida das pessoas. Muitas pessoas nesse período perderam parentes, estão em situação de luto. Muitos com muito medo de sair de casa nesse momento e com razão, porque a Covid é uma doença que pode levar a óbito e a internações graves. Então é importante também a gente entender o momento de cada um. Exercícios físicos individuais, separados, são positivos. (Ir à) Praia, fora do momento de pico, de aglomeração, é positivo — destacou.

Soranz frisou ainda que as fiscalizações estão sendo intensificadas pela Secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) para que “se possa de fato eliminar os principais locais que são de disseminação do coronavírus”:

— O que a gente precisa fazer é intensificar a cobrança das regras que foram colocadas. As regras são bem claras: não pode ter festa, não pode ter aglomeração em bar, pistas de dança devem ser fechadas. É claro que a prefeitura não vai conseguir fiscalizar todos os locais ao mesmo tempo. A gente está intensificando essas ações. Nossa estratégia é: testar, rastrear contatos, entender onde que estão os focos de transmissão na cidade para que a gente fazer ações de bloqueio à Covid-19 de maneira inteligente, tecnicamente direcionada.

Com relação a lockdown — na quarta-feira, o prefeito Eduardo Paes disse que a medida não está descartada, mas que “não há nem cheiro neste momento” —, Soranz disse que “isso não se aplica neste momento”. E destacou também a necessidade de ações de conscientização.

— Isso é superimportante. Só ações de repressão obviamente não vão resolver. A gente vai precisar de uma grande campanha de conscientização, que os meios de comunicação continuem informando para as pessoas manterem o distanciamento social, utilizarem máscara, lavarem as mãos e não se aglomerarem, principalmente em local fechado. A praia com muita gente é muito ruim e aumenta a chance de transmitir a Covid-19. Pelas evidências científicas, espaços abertos são melhores que espaços fechados. Então, o ideal é que as pessoas evitem os horários de pico e utilizem essas áreas onde tem menos pessoas — disse.

O secretário de Saúde salientou a importância do feriado de quarta para a vacinação:

— O Rio de Janeiro foi a cidade que mais vacinou. A gente fez 30 mil doses de vacina. A gente conseguiu aproveitar o feriado de São Sebastião para vacinar praticamente todos os idosos abrigados em instituições de longa permanência. Isso foi muito importante.

Soranz negou que as medidas tomadas até agora sejam para ganhar tempo até que a vacina chegue para toda a população.

— Ninguém quer ganhar tempo. A gente está trabalhando intensamente. São 20 dias de governo. A gente já conseguiu abrir leitos no Hospital Ronaldo Gazolla, abrir leitos no Hospital de Acari. Pagar os salários, pagar grande parte dos fornecedores mais estratégicos da Secretaria de Saúde. Lembrando que a gente vem de uma Secretaria de Saúde que houve um desmonte, foram seis funcionários a menos do que a gente tinha em 2016. A gente está trabalhando intensamente não para ganhar tempo. A gente está trabalhando intensamente para salvar vidas. Essa é a nossa missão, esse é o nosso objetivo.

Ele afirmou que, se for necessário, tomará medidas de fechamento da praia ou de fechamento de espaços abertos:

— Se for necessário, nós tomaremos. Por enquanto a gente não tem evidências científicas suficientes que respaldem o fechamento da praia. Agora, fica o nosso apelo para a população: evitem pegar transporte lotado se você não tiver necessidade absoluta. No final de semana a gente viu também que existem pessoas pegando transporte para ir à praia: a gente recomenda que evitem exposição desnecessária. Agora, a gente tem que entender que as pessoas têm necessidade de fazer exercício, de convívio. E é melhor que elas façam isso mantendo um certo distanciamento, cumprindo as regras. A gente está aumentando o horário de funcionamento de alguma áreas abertas como parques e outros locais para que as pessoas possam utilizar (os espaços) em horários mais alternativos.

O Globo 

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