Sociólogo vê poder político crescente de evangélicos
Evangélicos não vivem em bolhas religiosas, então não há por que insistir na associação imediata entre “rebanho e curral eleitoral”, diz Ricardo Mariano, professor de sociologia da USP.
Fiéis não seguem a orientação pastoral de olhos fechados na hora de votar, mas a identidade religiosa pode falar alto num contexto de lutas identitárias.
“Evangélicos têm força crescente de pressionar, constranger e submeter políticos a seus interesses”, afirma o autor de “Neopentecostais: Sociologia do Novo Pentecostalismo no Brasil”.
Para Mariano, a eleição municipal de 2020 mostrou que parte da esquerda, se preciso for, “se dispõe a emular estratégia da direita cristã, ao instrumentalizar a religião como arma eleitoral”
Folha de SP